Introdução: O Acesso Avançado parece ser o modelo mais promissor ao conseguir equilibrar a capacidade de oferta das equipes e serviços de saúde e as demandas de usuários e famílias, reduzindo simultaneamente o tempo de espera. Entretanto, não é possível modificar o sistema de agendamento se não há uma estrutura disponível para sustentá-lo. Objetivo: realizar o diagnóstico situacional do acesso avançado de uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) no Rio de Janeiro. Metodologia: Análise documental, quantitativa, descritiva e retrospectiva realizada em uma equipe da ESF que utiliza o acesso avançado no Rio de Janeiro. Os dados foram coletados através de uma planilha do Microsoft® Excel® no Google Drive, utilizada no processo de trabalho da equipe. Os dados coletados foram tabulados e analisados em planilhas do Microsoft Excel®. Foram incluídos os dados registrados no período de agosto e setembro de 2017 e excluídos os registros no qual o motivo da consulta não foi preenchido. O projeto foi submetido à plataforma Brasil e aprovado por dois Comitês de Ética em Pesquisa sob os pareceres 2.850.224 e 2.790.170. Resultados: Dos 1243 registros analisados após os critérios de inclusão e exclusão, viu-se que 86,5% dos atendimentos realizados foram em demanda espontânea e 13,5% em demanda programada. Dos agendamentos realizados, 29,1% dos usuários não compareceram em consulta e 16,8% chegaram com mais de 15 minutos de atraso. Entre os faltosos, a maioria era de consultas de puericultura (50,7%). Dos usuários atendidos em demanda espontânea no turno da manhã, 54,5% chegavam na Clínica da Família até às 09 horas e 76,9% até às 10 horas. Na parte da tarde, 38,7% chegavam até às 14 horas e 69,6% até às 15 horas. Conclusão: Para a qualificação do processo de trabalho é importante realizar o mapeamento da distribuição dos atendimentos para a programação da agenda semanal padrão. Dessa forma é possível realizar a qualificação do cuidado com efetividade e resolutividade às demandas e necessidades dos usuários e famílias.