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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO BRASIL: Um olhar sociológico
Relatoria:
NEYSON PINHEIRO FREIRE
Autores:
  • Maria Helena Machado
  • Manoel Carlos Neri da Silva
  • Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto
  • Mônica Carvalho de Mesquita Werner Wermelinger
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ética, Legislação e Trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A profissão de Enfermagem é considerada nuclear na estrutura das profissões da saúde no mundo. No Brasil se organiza em três categorias: Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem. Objetivo: Analisar as condições de vida e trabalho dos profissionais de Enfermagem no Brasil. Metodologia: Estudo descritivo, documental, ancorado no banco de dados a partir da pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil (2017), desenvolvido durante o período de maio a julho de 2019. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados: A Enfermagem é constituída por 23% de enfermeiros e 77% de auxiliares e técnicos, 60% tem idade de até 40 anos; 66% declararam sofrer desgaste profissional; 56% adoeceram nos últimos 12 meses; 10% sofreram acidente de trabalho nos últimos 12 meses, 60% deles não foram atendidos em seu próprio trabalho; 77% são considerados sedentários; 70% se sentem desprotegidos no seu ambiente de trabalho por conta da violência; 53% declararam sofrer maus-tratos pelos usuários e seus familiares; e 20% já sofreram violência física, psicológica ou institucional. Conclusão: Apesar de majoritariamente jovem, percebe-se que o cotidiano da vida e do trabalho destes profissionais apresenta características e sinais de adoecimento físico e psíquico, sofrimento e desgaste, gerando depressão, obesidade, cansaço, sentimento de desvalorização, com índices elevados de licenças médicas. Ao que tange a acidentes de trabalho, a pesquisa revelou altos índices, gerando forte impacto financeiro nas instituições. Há um número expressivo de queixas de maus-tratos pelos usuários, bem como relatos de profissionais sobre colegas adoecidos, física e psiquicamente, podendo chegar ao extremo ? suicídio. Assim, torna-se crucial a adoção de medidas por parte do Estado Brasileiro, por meio de políticas assertivas para redução dos danos e efeitos deletérios. A implementação destas políticas possibilitará a redução destes percentuais, garantindo ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros.