A contaminação de jalecos pode favorecer infecções relacionadas à assistência à saúde. Os jalecos utilizados na Unidade de Terapia Intensiva podem conter bactérias patogênicas, sendo assim, é importante verificar se estão contaminados e servindo de veículo de transmissão cruzada de micro-organismos. Esse estudo objetivou identificar por meio de análise microbiológica a contaminação de jalecos usados em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital do Sudoeste do Paraná, bem como testar a sensibilidade de Staphylococcus aureus. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, experimental e prospectiva, com abordagem quantitativa. Foram coletadas amostras com Swab estéril, da região de punho e abdome de jalecos limpos e utilizados durante o turno de trabalho. Posteriormente, em laboratório, com cultura e coloração de Gram fez-se a identificação dos micro-organismos e o teste de sensibilidade a antimicrobianos. Resultados: Na análise microbiológica identificou-se contaminação em 33,3% das amostras, sendo que a região do abdome foi mais contaminada (60,7%) comparada à região do punho (39,3%). Os micro-organismos mais frequentes foram cocos Gram positivo (39,6%) e desses, 85,7% eram S. aureus; os demais micro-organismos (60,4%) foram identificados como cocos Gram negativo (28,3%), bacilos Gram positivo (3,8%), bacilos Gram negativo (13,2%) e leveduras (15%). Os testes de sensibilidade do S. aureus aos antimicrobianos Vancomicina, Oxacilina e Cefoxitina apontaram sensibilidade de 83,3%, 55,5% e 50%, respectivamente. Dentre os microrganismos presentes nos jalecos, destaca-se o Staphylococcus aureus, devido a sua importância clínica relacionada às Iras. Ao se testar a sensibilidade das cepas, foi possível identificar que esses micro-organismos eram multirresistentes.Diante do exposto, esse estudo contribuir para evidenciar pode a contaminação de jalecos, e, em conjunto com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e vigilância epidemiológica dos hospitais, será possível intervir diante da situação, criando novos protocolos e medidas de precauções. Sugerem-se novos estudos acerca deste assunto, para levantar o perfil de cada Unidade e também ampliar o conhecimento de toda a equipe multiprofissional.