Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
QUALIDADE DE VIDA DOS CUIDADORES PRIMÁRIOS DE CRIANÇAS COM CÂNCER
Relatoria:
ALINE ARAUJO DILLENBURG
Autores:
- Pollyanna Simoes Coutinho
- Rafaela Azevedo Abrantes de Oliveira
- Angélica Boaventura Silva
- Simone Pereira da Silva Caetano
- Flávia Renata da Silva Zuque
- Michele Lopes Diniz
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Uma criança diagnosticada com câncer desencadeia alterações significativas na dinâmica familiar, ocasionando sentimento de insegurança, depressão e ansiedade, pois o tratamento oncológico é longo e estressante fazendo-se necessário a dedicação intensa dos familiares. A família é o principal núcleo social da criança e um destes membros assume o papel de cuidador principal, o que consequentemente acarreta em uma sobrecarga emocional e de responsabilidades fazendo com que abdique de sua rotina pessoal e profissional. Objetivo: Observar a autopercepção da qualidade de vida dos cuidadores primários de crianças em tratamento oncológico. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases de dados – LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online), usando os descritores: qualidade de vida, cuidadores, crianças e câncer. Foi estabelecido como critérios de inclusão: publicação na íntegra, no idioma português e referente ao período de 2009 a 2018. Resultados: De acordo com os critérios de inclusão, foram selecionados 06 artigos. Observou-se que a predominância dos cuidadores primários eram as mães, as quais se sentiam pressionadas pela sociedade, ou grupo a que pertenciam, para que fossem fortes e suportassem todas as situações existentes sem que houvesse apoio emocional durante o período em que as crianças permaneceram em tratamento. Houve mudança na rotina profissional e desestabilização dos relacionamentos conjugais, que culminaram em casamentos abalados e divórcio. Evidenciou-se o desgaste emocional das mães, as quais também adoeceram neste período, sendo a depressão e ansiedade os quadros mais comuns. O autocuidado ficou esquecido e os relatos de baixa autoestima emergiram durante este período, pois a dedicação às crianças aconteceu intensamente e em tempo integral. Quanto a autopercepção da qualidade de vida, foi classificada como ruim. Conclusão: Diante da situação evidenciada pelos cuidadores primários, torna-se necessário que as equipe de profissionais que acompanham estas famílias, direta ou indiretamente, proporcione o acolhimento destas mães e assegurem o acesso destas aos serviços de apoio, de serviço social, de saúde mental e outras práticas integrativas e complementares que possam contribuir para melhorar a qualidade de vida destas mulheres.