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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
A PERSPECTIVA DAS DIFERENÇAS HUMANAS ENTRE AS POLITICAS PUBLICAS IMPLEMENTADAS NA ENFERMAGEM
Relatoria:
Hian Carlos Gutzeit Brasil
Autores:
  • Andrei Pchencenzni
  • ALBIMARA HEY
  • GIMENE CARDOSO BRAGA
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: No ambiente hospitalar, a humanização dos cuidados torna-se necessária, pois com o avanço das tecnologias, por vezes, esse tende a ser condicionado apenas à aplicação de procedimentos técnicos, curativistas e biologicistas. Contudo, as práticas de saúde devem entender o ser humano como um agente biopsicossocial e espiritual, e considerar a essência de seu Ser e suas escolhas, respeitando sua subjetividade. Em 2010, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), que contempla a participação social, a promoção, a atenção e o cuidado à saúde, e representa um marco histórico de reconhecimento das demandas dessa parcela populacional, proporcionando um avanço significativo no atendimento a saúde dessa população. Objetivo: Descrever a vivência enquanto enfermeira no cuidado hospitalar a pacientes LGBT. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado enquanto enfermeira de uma unidade cirúrgica hospitalar no ano de 2015. Resultados: O coletivo LGBT é visto com preconceito e discriminação mesmo no atendimento de saúde, enquanto enfermeira em uma unidade de internação hospitalar foram presenciados alguns momentos constrangedores, dentre eles: o uso de frases pejorativas pelos profissionais, falta de conhecimento por parte da enfermagem quanto a enfermaria adequada para internamento, masculina ou feminina, o que acarretava em internações em áreas de isolamento, sem a devida indicação clínica. Levava-se, assim, em consideração o preconceito, a falta de sensibilidade e, principalmente, a desumanização no cuidado. Verificou-se a execução de procedimentos na qual a equipe de enfermagem se esquivava do paciente, e uma utilização de equipamentos de proteção individual duplicada em virtude da desconfiança da equipe que ao verificar o gênero do paciente já se pressupunha que este tivesse IST’s. Conclusão: Frente as condutas preconceituosas, estereotipadas e vivenciadas na prática da enfermagem, faz-se necessário a discussão da atenção às diferentes identidades de gênero no ambiente de formação, revelando a importância da intervenção educativa. A população LGBT necessita de melhor acolhimento, com profissionais capazes de atendê-los e referenciá-los aos serviços de saúde de acordo com suas especificidades e necessidades, bem como, o aumento de pesquisas que mostrem a percepção dos profissionais de saúde e a vulnerabilidade dessas populações.