Introdução: O uso da música como tecnologia de cuidado vem ganhando espaço com o avançar dos tempos, pois sua utilização como forma terapêutica é uma grande aliada na assistência de enfermagem. Apesar de ser uma valiosa ferramenta de cuidado, o uso da música somente foi reconhecida como recurso terapêutico a partir do século XX. O objetivo deste trabalho é compartilhar a vivência acadêmica no uso de oficinas de música no cuidado à pacientes com transtorno mentais. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência a partir da vivência acadêmica durante o projeto de intervenção do décimo período do curso de graduação em enfermagem do Instituto Federal do Paraná, Campus Palmas, referente ao componente curricular “Estágio Supervisionado II” nos meses de setembro a novembro de 2018. Foram desenvolvidas seis oficinas musicais, tendo como cenário um Centro de Atenção Psicossocial de um município do sudoeste do Paraná. Resultados: O tratamento dos pacientes que possuem transtorno mental está sendo substituído do modelo asilar por um sistema mais aberto, denominado psicossocial, quando os usuários são reinseridos na sociedade, o que garante um cuidado mais humanizado. Trabalhar com oficinas de música é contagiante, proporciona maior interação entre os pacientes, o que complementa o tratamento dos usuários. As oficinas proporcionam laços de cuidado, afetividade, produção de conhecimento, experiências, bem-estar, interação, recordações e melhor aceitação do usuário, auxiliando na melhor recuperação e melhor adesão aos tratamentos propostos. Conclusão: A experiência de poder vivenciar esses momentos e auxiliar os pacientes é gratificante. Ver os pacientes ativos e participantes das oficinas, reforça a importância desse tipo de tecnologia no rol de atividades do serviço, pois contribui para uma melhor assistência de enfermagem, qualidade de vida e interação social dos usuários.