Introdução: A obesidade está intimamente relacionada a efeitos metabólicos no organismo, potencializando lesões em órgãos alvo como o fígado (BOWER et al., 2015). Objetivo: Analisar o efeito da cirurgia bariátrica na redução dos valores das enzimas hepáticas em mulheres com obesidade. Método: Trata-se de um estudo descritivo, realizado em uma clínica de cirurgia bariátrica localizada no interior do estado do Paraná. Os dados foram coletados a partir 114 prontuários no período de 2009 a 2015. Para a coleta dos dados foi utilizado um roteiro semiestruturado constituído por variáveis sociodemográficas, antropométricas e de enzimas hepáticas, quais sejam: aspartato aminotransferase (TGO), alanina aminotransferase (TGP), Gama glutamil transpeptidase (GGT), Bilirrubinas totais e Fosfatase alcalina (FAL) no pré e pós-operatório. Os dados sociodemográficos e antropométricos foram analisados de forma descritiva e de variância. Os parâmetros de peso, índice de massa corporal (IMC), TGO, TGP, GGT, Bilirrubinas totais e fosfatase alcalina foram analisados pelo teste t pareado para verificar se houve diferença estatística nos períodos pré e pós-operatório. A pesquisa recebeu parecer favorável pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa com Seres Humanos com parecer de número nº1.246.542. Resultados: A média da idade das participantes foi de 33,58±10,92 e apresentaram mais de oito anos de estudo (68,4%). No período pré e pós-operatório o peso médio foi 106,84±15,56 e 76,21±14,25 quilos, respectivamente. O índice de massa corporal médio foi de 40,03±3,80 e 28,55±4,07 antes e pós o procedimento cirúrgico. A TGO no pré operatório foi de 26,63±19,28 e no pós de 21,55±16,30, o TGP apresentou no pré-operatório 29,53±24,09 e no pós 21,43±9,92. Já a GGT no pré foi de 42,02±57,25 e no pós 25,38±18,70. A Bilirrubina total no pré foi de 0,58±0,21e no pós 0,36±0,24. A FAL obteve no pré-operatório 76,80±20,07 e no pós 65,58±19,20. Estes resultados corroboram com revisão sistemática que apontou redução nos parâmetros bioquímicos após a cirurgia bariátrica, sendo estes consideráveis marcadores de alteração da função hepática e de lesões no fígado (BOWER et al., 2015). Conclusão: Conclui-se que houve uma redução significativa das enzimas hepáticas no pós-operatório de cirurgia bariátrica.