No Brasil o índice de mortalidade neonatal ainda é muito elevado. Sabe-se que o AME é capaz de evitar inúmeras hospitalizações e reduzir a mortalidade de crianças menores de 5 anos por doenças consideradas evitáveis.Este estudo visa discutir as principais facilidades e dificuldades que contribuem para o manejo do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementar até 2 anos. Por meio de vivências de uma residente de enfermagem, em consultas em um ambulatório de aleitamento materno, em um hospital no interior de São Paulo. Realizar o acompanhamento ambulatorial é essencial para assegurar a continuidade do cuidado para o binômio mãe-filho e reforçar a importância da rede materno infantil. Demonstrar a técnica da ordenha tem- se tornado primordial para a continuidade do AME, visto que, a maioria das puérperas almejam retornar ao trabalho após o término da licença maternidade e demonstram desconhecimento sobre a técnica. Muitas puérperas também alegam desconhecer seus direitos trabalhistas frente ao incentivo à amamentação exclusiva até os 6 meses, e demonstram preocupação em relação a possível demissão caso viessem questionar sobre seus direitos. No decorrer das consultas ambulatoriais de enfermagem nota-se que o desmame precoce tem ocorrido em dois momentos distintos: no primeiro mães que não desejam amamentar de imediato e a seguir mães que mesmo após orientações sobre a importância do mesmo decidem não manter a prática exclusiva até os 6 meses e complementar até os 2 anos. Desta forma, conclui-se que implementar ações de forma coletiva e intersetorial, logo nos primeiros dias de vida do RN são essenciais para promover o aleitamento materno exclusivo e contribuir para a melhora da expectativa e qualidade de vida.