Introdução: Os pacientes em cuidados de fim de vida com câncer apresentam uma série de sinais e sintomas como dor, dispneia, fadiga, ansiedade entre outros. Objetivo: validar um novo diagnóstico de enfermagem Síndrome de terminalidade. Método: estudo clínico transversal de validação clínica, desenvolvido um instrumento que abordou 20 diagnósticos de enfermagem como características definidoras do diagnóstico de síndrome, aplicado em 217 pacientes internados no Instituto Nacional do Câncer- INCA unidade HC I e HC IV unidade de referência em cuidados paliativos. Após a coleta realizado a inferência diagnóstica por três experts sobre a presença de cada diagnóstico, e em seguida aplicado a metodologia de classe latente para verificar se a síndrome estava presente ou ausente nos pacientes, esse método é considerado padrão ouro para validação de diagnósticos de enfermagem. Resultados: A presença do diagnóstico em forma sindrômica após arranjo feito pela classe latente esteve presente em 76% da população. houve maioria do sexo feminino 57,1%, onde a predominância do diagnóstico médico foi o de câncer de mama seguido de orofaringe. No total da amostra 99,5% estavam em estágio avançado da doença. As características definidoras do diagnóstico de enfermagem de síndrome de terminalidade foram compostas por dor crônica com 89,9%, Náusea 76%, Nutrição desequilibrada: menor que as necessidades corporais 76%, Fadiga 75,5%, Ansiedade 72%, Mobilidade física prejudicada 48,3%, conforto prejudicado 42%, Constipação 49%, Integridade tissular prejudicada 49%, Padrão respiratório 44%, Sofrimento espiritual 42%, Integridade da membrana da mucosa prejudicada 36,4%, Confusão aguda 31%, Distúrbio do padrão de sono 28,5%, termorregulação ineficaz 24,4%, Volume de líquido excessivo 24%, Pesar 22%, Eliminação urinária 11%, enfrentamento familiar comprometido 10% e Diarreia 0,7%. A população amostral tem 100% dos fatores relacionados: cuidados paliativos e doenças avançada. A população de risco: idoso foi 72,3% e a condição associada cuidados ao fim da vida de 85,0% do total da amostra. Conclusões: o estudo demonstrou a presença do diagnóstico Síndrome da terminalidade para pacientes com câncer avançado na prática clínica. A validação clínica desse diagnóstico sindrômico permite a atuação do enfermeiro junto com a equipe multidisciplinar de modo holístico, auxiliando no raciocino clínico para intervenções de estabelecimento de conforto e cuidado ao indivíduo e familiares.