INTRODUÇÃO: O parto é considerado um fenômeno natural, porém tem sido demonstrado que a dor que o acompanha é uma experiência subjetiva e complexa que varia de indivíduo para indivíduo. A dor durante a evolução do TP é um sintoma comum na etapa que antecede o parto e, diferentemente de outras experiências dolorosas agudas e crônicas, essa dor não está associada à doença, mas ao ciclo reprodutivo da mulher. Os métodos não farmacológicos (MNFs), incentivados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em suas recomendações para o atendimento ao parto normal que os classifica como "condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas", são estratégias utilizadas no TP para aumentar a tolerância à dor. OBJETIVO: Descrever a prática da utilização das tecnologias leves e seus benefícios durante o trabalho de parto, disponíveis na literatura. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa realizada na base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), a partir dos descritores: “Dor do parto”; “Trabalho de Parto”; “Enfermagem Obstétrica”. Critérios de inclusão: artigos que abordassem o tema, disponíveis online, na íntegra, nos idiomas português, inglês, no período de 2013 à 2017, em virtude de um maior número de publicações nesse período, e exclusão: artigos repetidos na base de dados. Totalizando 10 artigos. RESULTADOS: Na literatura, foi possível encontrar as seguintes práticas: Massagem; utilização de bola suíça; banho de imersão; exercícios respiratórios; deambulação; hidroterapia; musicoterapia; hipnose; acupuntura; banho de aspersão; aromaterapia; eletroestimulação transcutânea; uso do cavalinho; mudança de posição; e acupressão, além da possibilidade da assistência de Doulas e presença de acompanhantes. Na presença de um leque de opções de aproveitamento de tecnologias leves, é possível evitar ações desnecessárias e invasivas durante o trabalho de parto. As realizações dessas práticas ajudam a promover: contentamento; autoconhecimento; diminuição do estresse emocional e ansiedade; melhora do fluxo sanguíneo e saturação sanguínea, ajudando assim no alívio da dor. CONCLUSÃO: Foram encontrados diferentes MNFs estudados e avaliados durante o TP para o alívio da dor. Esses métodos contribuem para as práticas do parto humanizado, eles proporcionam a criação de vínculo entre a parturiente e o profissional, respeitando o processo fisiológico do trabalho de parto.