Introdução: É necessário identificar as práticas obstétricas das maternidades, para investigar a qualidade da assistência ao parto. Objetivo: Identificar e caracterizar as práticas de atenção ao parto normal realizadas em um Hospital da Região Tocantina no Maranhão. Métodos: Trata-se de estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa, através do preenchimento de um questionário estruturado com 196 puérperas entre 15 a 44 anos, que tiveram parto normal espontâneo ou induzido entre 37 e 42 semanas. Os dados obtidos foram analisados por estatística descritiva. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Mais de 2/5 das puérperas, tinham entre 15 e 19 anos, 51,5% amniotomia, 94,9% posição litotômica e determinada pela equipe em 53,6%, 18,9% manobra de Kristeller, 28% episiotomia, sendo que 12,2% não consentiram nem foram informadas sobre o procedimento. O parto vaginal na posição vertical está associado com trabalhos de parto mais curtos, maior capacidade de lidar com a dor e uma frequência menor de complicações decorrentes de parto obstruído, como lesões perineais, hemorragia pós-parto e anomalias da frequência cardíaca fetal, quando comparada com a posição de decúbito litotômica. A manobra de Kristeller é um exemplo de prática prejudicial. Conclusão: A pesquisa apresentou resultados pouco significativos quanto à adoção de boas práticas e persistência de práticas sem evidência científica na Assistência ao Parto Normal.