Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
Doença crítica crônica entre pacientes intensivos hospitalizados por traumatismo cranioencefálico
Relatoria:
Jade Nayme Blanski Alves
Autores:
- Maicon Henrique Lentsck
- Matheus da Cunha Paris
- Marcos Maciel da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: o termo “doente crítico crônico” descreve pacientes que sobreviveram a lesão inicial, mas que permaneceram dependentes de terapia intensiva por períodos prolongados. A marca desses pacientes é a insuficiência respiratória. Estudo em centro de cuidado respiratório nos EUA mostrou que somente o trauma cerebral e seus desfechos podem ser considerados como outra característica proeminente da DCC. O traumatismo cranioencefálico é definido como uma alteração na função cerebral causada por uma força externa, sendo a principal causa mundial de morbimortalidade em indivíduos com idade inferior a 45 anos no Brasil, além de causar incapacidades em mais de 13 milhões de pessoas na Europa e EUA. Objetivos: caracterizar pacientes com doença crítica crônica hospitalizados por lesão cerebral traumática em uma UTI. Metodologia: estudo transversal delimitado a uma UTI geral na região centro sul do Paraná entre 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2016. A população foi composta por todas as vítimas hospitalizadas por trauma de cabeça e pescoço caracterizados com DCC e maiores de 18 anos. A relação dos pacientes foi obtida junto ao livro de admissão das internações da unidade e a coleta de dados dos prontuários ocorreu por análise no prontuário. Para descrever o perfil, foram construídas tabelas de frequência e proporção das variáveis categóricas, por meio de frequência relativa (%) e absoluta (n) e estatísticas descritivas, por meio de medidas de tendência central e dispersão, como média, desvio padrão. Resultados: O perfil dos indivíduos com TCE e DCC demonstrou que eram todos do sexo masculino (100,0%), sendo a maioria de faixa etária entre 18 a 39 anos (69,0%). A principal causa externa foi os acidentes de trânsito (79,3%), provocando em sua totalidade traumas graves (ISS>15), todos com escore de 15 a 75 (100,0%). A totalidade fez uso de ventilação mecânica (100,0%) e desenvolveram pneumonia (100,0), já a úlcera de decúbito foi observada em 65,5% dos pacientes. Dos 29 pacientes, 10 foram a óbito (34,5%). Conclusão: O TCE severo, prolongado e permanente pode propiciar o desenvolvimento da DCC, por isso, identificar o perfil desses pacientes é de suma importância para qualificar a assistência, diminuir a incidência de novos casos e melhorar seus possíveis desfechos.