Introdução: A enfermagem tem uma responsabilidade ao lidar com a saúde dos indivíduos. Contudo, durante a graduação, ao ingressar na universidade, associam-se a este, fatores da vida acadêmica, como por exemplo a sobrecarga de atividades inerentes da graduação. Objetivo: Investigar os níveis de percepção da saúde e os fatores de estresse acadêmico entre os estudantes do primeiro ano de enfermagem em uma universidade pública no interior do Paraná. Método: Estudo quantitativo, exploratório, descritivo, transversal, realizado em universidade pública no interior do Paraná. O trabalho é parte de um estudo maior que visa investigar a ansiedade e depressão entre a comunidade acadêmica da Enfermagem dessa universidade, e obedeceu às normativas da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. A coleta de dados ocorreu nos meses de março e abril de 2019, com auto aplicação de instrumentos como o de caracterização sociodemográfico-acadêmico. Foi realizada estatística descritiva para as variáveis. Resultados: Entre os 37 discentes participantes, 31 (83,8%) eram mulheres e apresentaram uma idade média de 19,65 (D.P.=2,03), variando de 18 a 25. Quando questionados qual a nota daria a sua saúde atual, 17 (45,9%) designaram nota 7. Em questão com a identificação com o curso, 33 se identificam com o curso, 1 (2,7%) disse não se identificar com o curso; e outros 2 (5,4%) disseram não ter certeza. Dentre estes, duas pessoas disseram ter a pretensão de cursar outra graduação. 34 (91,9%) responderam sobre os fatores estressantes da sua vida, sendo que as mais citadas foram: ter que estudar muito, por conta da alta carga horária de estudos e disciplinas difíceis (13 ou 38,23%); outros 12 (35,29%) mencionaram a baixa qualidade do sono, dormindo pouco e acordando cedo; 8 alunos (23,52%) citaram não ter tempo livre para atividades de lazer, ou mesmo para descanso. Além disso, outros fatores levantados foram a distância da família (8,33%), pois muitos saem de casa para estudar, e a utilização do transporte público (13,88%). Dentre esses, 20 (54,1%) alegaram estar satisfeitos com o curso, relatando que atende às expectativas criadas no ingresso, e há uma identificação com a área da enfermagem. Conclusões: fatores estressantes na vida acadêmica já são percebidos com grande impacto no primeiro ano da faculdade, e estão diretamente relacionados com a identificação e satisfação com o curso e com a enfermagem; tendo total impacto com a saúde mental e física do indivíduo.