Para o exercício da prática profissional em enfermagem é necessário conhecimento científico e embasamento teórico para um exercício livre de imperícia, negligência, imprudência e danos. Nesse sentido, é importante destacar que a construção/atualização de protocolos assistenciais deve englobar os princípios éticos e legais da profissão, assim como preceitos da prática baseada em evidência (COREN-SP, 2015). Objetivo: relatar a experiência de enfermeiros residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Urgência e Trauma acerca da participação na atualização de um protocolo institucional em um hospital filantrópico de um município da região noroeste de São Paulo. Método: trata-se de um relato de experiência apresentado em ordem cronológica e de natureza descritiva. Resultados: o cenário das atividades ocorreu em 5 momentos distintos. 1) Identificação da necessidade da atualização do protocolo de parada cardiorrespiratória em adultos. Esta identificação se deu por meio de discussões e reflexões entre os residentes e seus preceptores no que se refere à prática vivenciada e o que evidenciam os protocolos. 2) Formação de um time para a atualização deste protocolo, constituído por enfermeiros residentes e contratados com experiência em serviços de urgência. 3) Realização de busca exaustiva na literatura nacional e internacional e levantamento das evidências científicas referentes à atuação multiprofissional na parada cardiorrespiratória. 4) Revisão, construção do fluxograma e aprovação do protocolo pelo setor de Qualidade. 5) Capacitação dos profissionais da saúde por meio de aula expositiva dialogada e simulação. Após a realização deste processo, o residente entendeu o seu papel enquanto pós-graduando na modalidade latu senso, na qual tem como objetivo intensificar o domínio acadêmico/técnico/científico. Além de refletir acerca da sua formação e atuação tanto no âmbito acadêmico quanto assistencial. A criação de protocolos por enfermeiros é respaldada pelo Cofen e evidencia diversas vantagens como: desenvolvimento de indicadores de processo e de resultados, a disseminação de conhecimento, a comunicação profissional e a coordenação do cuidado. Conclusão: a inclusão do residente na atualização de protocolos auxilia na permuta de conhecimentos e agregação de novos valores e competências a este profissional. PIMENTA, C. A. M., LOPES, T. C., AMORIN, A. F. Guia para construção de protocolos assistenciais de enfermagem. COREN-SP – São Paulo: COREN-SP, 2015.