Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), são um dos principais problemas de saúde em todo o mundo. Essas doenças estão associadas à perda da qualidade de vida, alto grau de limitações funcionais e redução da capacidade de realizar atividades da vida diária. O cuidado centrado na pessoa prevê que profissionais de saúde devem trabalhar colaborativamente com a pessoa, construindo um cuidado que esteja adaptado às suas necessidades além de auxiliar a desenvolverem os conhecimentos, as aptidões e a confiança de que precisam para gerir e tomar decisões embasadas sobre sua própria saúde e seu cuidado de saúde de forma mais efetiva, podendo leva-lo a mudança de comportamentos em relação aos seus hábitos de vida e a saúde. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência da utilização da abordagem centrada na pessoa como tecnologia de cuidado com a saúde e o desenvolvimento da autonomia de uma pessoa usuária da Unidade Municipal de Saúde (UMS). Metodologia: A experiência ocorreu durante o Estágio Vivencial do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Pará, em uma UMS de Belém do Pará, onde teve seu desenvolvimento divido em três fases (preparação, ação e manutenção). No dia 19/11/2018 foi realizada a fase de preparação, onde buscava-se elucidar as principais comorbidades da pessoa usuária, por meio de entrevistas e escuta sensível foi construído um plano de metas com pontos passíveis de mudanças pontuadas pela pessoa. A fase de ação ocorreu no dia 28/11/2018 onde buscou avaliar os avanços, reflexão das metas estabelecidas e da ferramenta como auxilio da consulta. A fase de manutenção se deu em 05/12/2018 onde buscou observar os objetivos alcançados durante o processo, a satisfação da mesma sobre a abordagem e ênfase sobre a importância da autonomia da pessoa usuária. Resultados: A experiência demonstrou que a pessoa teve resposta exitosa no cumprimento de metas como caminhada regulares, aumento de ingesta hídrica, melhora na autoconfiança, construção de uma pensamento crítico-reflexivo que transcende o modelo de assistência biomédica e socialização bem como pontos fracos em relevância o vínculo familiar. Conclusão: constata-se que a autonomia que tal abordagem oferece a pessoa, reflete da consolidação proativa do tratamento e acompanhamento dentro e fora da UMS fidelizando o paciente ao profissional de saúde.