Introdução: A musicoterapia foi incluída na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares por meio da Portaria N° 145/2017. Essa prática favorece o aumento das possibilidades de existir e agir da pessoa em sofrimento em diversos contextos. Por meio de práticas da Atividade Curricular de Enfermagem em Saúde Mental, vivenciamos a experiência de participar de uma oficina de Musicoterapia, que se configura como uma abordagem para integrar e socializar pessoas com depressão, ansiedade e/ou outros distúrbios psíquicos, coordenado pela Enfermeira no CAPS III GRÃO-PARÁ. Objetivo: Relatar a experiência da participação de acadêmicas de Enfermagem do quarto semestre da Universidade Federal do Pará em oficina de Musicoterapia durante atividade prática no CAPS GRÃO-PARÁ. Metodologia: trata-se de um relato de experiência de participação em oficina de Musicoterapia no CAPS. As oficinas acontecem todas as terças-feiras de 10 às 11h, com usuários encaminhados por seu respectivo técnico de referência e coordenados pela Enfermeira. Aconteciam no salão de reunião do centro. Nesse dia compareceram 10 usuários, seis acadêmicos e a docente da Atividade Curricular. Inicialmente a Enfermeira apresentou uma atividade lúdica de integração com a divisão do grupo em dois e a disputa para encontrar músicas com a palavra apresentada por ela e depois cantada por todos de forma animada. Pode-se perceber que esta atividade “quebrou o gelo” de nossa presença e proporcionou a abertura para reflexões acerca da música a ser apresentada no dia. Em seguida a Enfermeira apresentou a música A Cura, todos fizeram a leitura, refletiram sobre a letra e relacionaram o conteúdo com a sua experiência de sofrimento mental e possiblidades de melhora e cuidado e discussão sobre a estrofe que cada paciente mais se identificou. Resultados: A oficina demostrou que com o auxílio da música a socialização e a verbalização do que cada paciente sente é muito mais fácil e a troca de experiências além, de facilitar a comunicação entre eles e o avanço no tratamento. Conclusão: foi possível observar que com o auxílio da musicoterapia como tecnologia para o tratamento no CAPS obtém êxitos por conseguir que pessoa com dificuldades de expor seus sentimentos ou ideias possam verbalizar de uma forma mais leve já que com o suporte da enfermeira, da docente e discentes eles conseguiram alcançar um espaço relaxante para se expressar e com isso prosseguir avançando com o tratamento da melhor forma.