Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
ASPECTOS DA DOR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇA FALCIFORME: REPERCUSSÕES NOS FAMILIARES
Relatoria:
Miriam Guerra dos Santos Silva
Autores:
- Rhalliete Souza Cruz
- Elenilda Farias de Oliveira
- Viviane Silva de Jesus
- Gabriel Santos da Silva
- Arislânia Santana Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A doença falciforme (DF) é um hemoglobinopatia hereditária, causada pela hemoglobina variante S (HbS) nas hemácias. Essa atividade anormal provoca diversas manifestações clínicas como anemia crônica, infecções recorrentes, priapismo, sintomas associados a fenômenos vaso-oclusivos e crises álgicas que afetam a qualidade de vida. A dor é o sintoma mais característico da doença, estando negativamente associada ao funcionamento físico, psicossocial, problemas com crescimento, estigma e perda de escolaridade de crianças e adolescentes. Objetivo: Conhecer aspectos relacionados à dor na doença falciforme. Metodologia: Pesquisa de campo, do tipo qualitativa realizada no Centro de Referência e Atendimento a Pessoas com Doença Falciforme Feira de Santana – BA em 2017. Foram realizadas entrevistas com seis mães de crianças e adolescentes. A pesquisa atendeu aos preceitos éticos, sendo autorizada pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob parecer nº 2.968.064. Os resultados foram submetidos à análise de conteúdo de Laurence Bardin e subdivididos em categorias temáticas: Incapacidades resultantes da crise álgica, Periodicidade da dor, Localização predominante da dor, Prática de prevenção à crise, Periodicidade da internação e o Ciclo da dor. Resultados: As mães descreveram as particularidades da dor na doença falciforme em suas crianças e adolescentes revelando a necessidade de singularidades no atendimento a estes indivíduos. As genitoras relatam a variação do tempo, duração, expressão crescente da crise álgica e a percepção da necessidade de um atendimento hospitalar. A despeito da realização de práticas para prevenir a crise álgica, as mães adotam medidas que minimizem a exposição dos seus filhos na realização de atividades diárias, como tomar banho frio, andar descalços, ter contato com terra e usar meia. Foi salientado pelas mães que a constância de internação dos seus filhos nas crises falcêmicas acontece em todas as crises, e que devido a essa ocorrência, já saem de casa munidas de pertences pessoais para a internação. Conclusão: O conhecimento sobre as características da algia na doença falciforme pode contribuir para a sistematização do cuidado da dor na criança, colaborando para o desenvolvimento de habilidades na prática assistencial. Além do que, auxilia para a otimização do tempo no cuidado domiciliar de seus filhos, impactando na qualidade de vida das famílias.