Introdução: A expectativa de vida aumentou no Brasil, há estimativas que a população idosa triplicará nas próximas duas décadas. A partir disto, é dada maior atenção à saúde do idoso, ao processo de envelhecimento e suas alterações. A Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta aborda sexualidade como uma necessidade universal a todos os indivíduos, e deve ser vivida em sua particularidade até quando o mesmo sentir-se confortável. O envelhecimento acarreta mudanças fisiológicas na pessoa idosa, tais como disfunção erétil e disfunção sexual, responsável pela redução da lubrificação e libido sexual. Sabe-se que envelhecer é um processo natural que todo indivíduo passará, embora isto não signifique que a pessoa idosa torna-se assexuada, pensamento este estigmatizado e perpetuado na sociedade. Alguns mitos e tabus dificultam e/ou inibem os idosos de vivenciarem sua sexualidade de forma plena. Dentre os fatores que reforçam essas crenças, estão: conhecimentos equivocados, dificuldade ao acesso à informação, alterações fisiológicas do envelhecimento, cultura religiosa e opressão familiar. Objetivos: Discutir sobre a sexualidade entre os idosos no Centro de Convivência do Idoso (CCI) no município de Porto Velho-RO. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado por meio do Projeto de Extensão “Promovendo a Saúde da Pessoa Idoso na Comunidade” por acadêmicas de enfermagem. Para discutir sobre sexualidade foi realizada uma revisão bibliográfica no Portal de Periódicos da CAPES e Biblioteca Virtual de Saúde. Resultados: Durante a vigência do Projeto, optou-se por utilizar a metodologia de rodas de conversa para discutir diferentes temáticas, estas contempladas no Plano de Trabalho do Projeto. Observou-se que o tema acerca da sexualidade despertava interesse entre os participantes. A aplicação deste método proporcionou maior interação entre o grupo, contribuindo na formulação de novos conceitos em saúde, logo, discutiu-se sobre os paradigmas existentes na sociedade sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis, métodos de barreira e a forma como expressam sua sexualidade. Conclusão: Esta experiência de discussão com a comunidade idosa permitiu às acadêmicas a construção de novos conhecimentos e habilidades que permeiam a prática de educação em saúde. Logo, demonstrou-se como uma ferramenta eficaz na explanação e construção coletiva, por meio da desmistificação de conhecimentos prévios, participação e compartilhamento de experiências.