Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
IMPLICAÇÕES DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA À SAÚDE MATERNA INFANTIL: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
Relatoria:
MARIA CLARA PEREIRA LEITE
Autores:
- Cleide Danielle Benites Britz
- Caroline da Silva Dolci
- Lhays Emilly da Silva Moraes
- Nicolly Beatriz Hachbardt
- Matheus Gustavo dos Santos
- Daniela Do Carmo Oliveira Mendes
- Rallini Diani da Silva Rodrigues
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: No atual cenário assistencial em obstetrícia, são evidenciadas práticas desrespeitosas que violam os direitos humanos e reprodutivos da mulher, gerando complicações à saúde materna infantil. Dados estatísticos apontam, que uma em cada quarto brasileiras são vítimas da violência obstétrica. Nesta perspectiva, é necessário incentivar uma assistência obstétrica qualificada que vise a redução da problemática. OBJETIVO: Identificar na literatura científica as implicações da violência obstétrica à saúde materna infantil. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada no mês de julho de 2019, nas bases de dados indexadas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com os descritores em saúde: “violência”, “obstetrícia”, “saúde da mulher”, e o operador booleano and. Foram localizadas 86 publicações. Foram inclusos documentos disponíveis na íntegra eletronicamente, em português, inglês e espanhol publicados entre os anos de 2015 a 2018. Foram excluídas teses, monografias e dissertações. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão encontrou-se 28 publicações. Com a leitura dos títulos e resumo, permaneceram as publicações que abordavam o tema investigado, totalizando 10 documentos. Procedeu-se a análise descritiva. As normas éticas para a pesquisa científica foram respeitadas, zelando pela genuinidade dos dados e autoria das informações. RESULTADOS: A revisão evidenciou que a violência obstétrica gera danos físicos e psicológicos, elevando a morbimortalidade materno infantil devido os riscos e complicações de procedimentos desnecessários e de uma cesárea eletiva. O recém-nascido possui maiores chances de apresentar distúrbios respiratórios. O uso de ocitocina se tornou um fator agravante para o desenvolvimento de infecção intracavitária, prolapso de cordão umbilical, prematuridade iatrogênica e sofrimento fetal. A episiotomia pode ocasionar infecções, hematomas, rotura de períneo de 3º e 4º grau, dispareunia e lesão do nervo pudendo. A restrição do acompanhante pode desencadear na mulher um sofrimento psíquico, transtornos de adaptação no pós-parto e transtorno do estresse pós-traumático (TEPT). CONCLUSÃO: Torna-se imprescindível os profissionais de saúde estarem capacitados e acompanharem as mulheres desde o pré-natal com ações humanizadas, sensíveis e seguras, que incentivem o conhecimento dos direitos, o protagonismo de mulheres, o parto mais naturalizado e sem intervenções desnecessárias.