No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) constituem um dos maiores problemas de saúde pública, devido às altas taxas de morbidade, mortalidade e prejuízos socioeconômicos. Neste contexto surge a necessidade de desenvolver estratégias para o enfrentamento das DCNTs e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos doentes. As tecnologias surgem como uma opção para a prevenção de complicações das doenças crônicas e a promoção da saúde. O objetivo deste estudo foi investigar as tecnologias utilizadas para a educação em saúde de pacientes com doenças crônicas. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura com artigos, selecionados no portal Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, fundação do Ministério da Educação com os seguintes critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, publicados de 2009 a 2018, nos idiomas português, inglês ou espanhol, realizado com adultos. A busca resultou em 320 artigos, e após a implementação dos critérios de inclusão e exclusão, nove estudos foram selecionados para análise. Dos nove estudos analisados sete foram realizados na atenção primária em saúde, cinco eram de autoria de enfermeiras e quatro de outros profissionais de saúde, oito dos artigos abordavam usuários com Hipertensão Arterial Sistêmica e/ou Diabetes. Em oito estudos as práticas de educação em saúde para portadores de doenças crônicas são realizadas como atividades educativas grupais. A atividade grupal aparece como uma estratégia que possibilita a adesão dos participantes ao tratamento, além da troca de saberes, que agrega maior conhecimento sobre a própria condição de saúde. A revisão mostrou o uso de diferentes tecnologias utilizadas no cuidado com DCNTs como as terapias grupais, rodas de conversa, oficinas, folhetos (tecnologia leve) e o sistema de monitoramento remoto i-care (tecnologia dura). A utilização dessas tecnologias auxiliam na adesão ao tratamento e as mudanças de comportamento dos participantes, principalmente as relacionadas a dieta e exercícios físicos. Portanto, observamos que as tecnologias leves são utilizadas na realização de educação em saúde, entretanto, são necessários mais estudos acerca do desenvolvimento de metodologias que incentivem o envolvimento do sujeito, como ser ativo no cuidado as suas condições de saúde.