Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
O CUIDADO PÓS-MORTE NA PERCEPÇÃO DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
VALWENDERSON RICARDO PEREIRA SANTOS
Autores:
- NAYARA ARAUJO SOUSA
- INGRID FEITOZA MUNIZ
- LUANA CAMARA DA SILVA
- REBECA DA ROCHA GOMES
- SUZANE DA SILVA BORGES
- FELIPE MORAES DA SILVA
- FLAVIA DANYELLE OLIVEIRA NUNES
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A morte é um processo natural inerente a todo ser vivo. A importância em abordá-la emerge da reflexão acerca do cuidado humanizado no preparo do paciente após o óbito tendo em vista que, gradualmente, o processo de morte e morrer foram transferidos do domicílio para o hospital, impactando nas experiências dos familiares, pacientes e profissionais de saúde. A Enfermagem, como profissão do cuidado, é indispensável no planejamento de intervenções que considerem a singularidade do paciente e da sua família; uma temática que precisa ser abordada desde o processo de formação do enfermeiro1,2. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmico de enfermagem no cuidado pós-morte em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido durante a prática supervisionada da disciplina Urgência-Emergência e Unidade de Terapia Intensiva do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), ocorrida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em São Luís - MA no mês de maio de 2019. Resultados: Antes do início das práticas supervisionadas foi discutido, em sala de aula, o processo de morte/morrer. Empoderados do conhecimento e observando a realidade do atendimento ao paciente no pós-morte durante as práticas da disciplina, constatou-se falhas na Assistência de Enfermagem evidenciadas pelo desrespeito à privacidade do indivíduo, mesmo diante da presença de outros pacientes, além do uso frequente de termos como “pacote” ou “cadáver”. A higienização, mobilização e identificação do paciente pós-morte eram satisfatórias, contudo os profissionais não estavam preparados para prestar os cuidados necessários aos familiares quanto à comunicação do óbito. Diante do contexto vigente foram desenvolvidas, pelos discentes, ações preconizadas pela Política Nacional de Humanização (PNH) que respeitassem a singularidade e privacidade do indivíduo após a morte e o respeito aos seus familiares, como a colocação de biombos para garantir a privacidade, o cuidado no uso dos termos e a escuta ativa dos pacientes presentes no momento do óbito. CONCLUSÃO: Diante do exposto, observou-se que a ação da Equipe de Enfermagem era rotineira e o cuidado pós-morte fragmentado. Desta forma, é fundamental a inclusão dessa temática nas discussões das instituições hospitalares de modo a valorizar o aspecto subjetivo do paciente e da família diante do processo morte/morrer.