O infarto agudo do miocárdio é uma das principais complicações cardiovasculares e requer tratamento imediato para evitar pior prognóstico. A busca pelo cuidado à saúde realizada pelas pessoas infartadas, relaciona-se com a forma com que elas vivenciam e compreendem o adoecimento e o quanto este adoecer impacta na sua rotina de vida. Objetivo: Descrever as dificuldades vivenciadas pelas pessoas acometidas pelo infarto agudo do miocárdio ao buscarem atendimento no sistema de saúde. Metodologia: Pesquisa qualitativa descritiva aprovada pelo Comitê de Ética sob o Parecer nº nº 3.127.897. A coleta de dados foi realizada de fevereiro a maio de 2018 com 12 adultos jovens acometidos pelo infarto agudo do miocárdio, por meio de um questionário semiestruturado com questões abertas e um diário de campo. As entrevistas foram transcritas na íntegra e analisadas com auxilio de um software IRAMUTEQ_0.6-alpha3®. Resultados: na análise textual emergiram seis categorias, porém, neste resumo será abordada uma delas, intitulada: “Idas e vindas à busca para o cuidado à saúde”. Mediante o relato dos participantes observou-se, a dificuldade que possuíam em reconhecer os sinais e sintomas de infarto, negando a doença e minimizando a gravidade do evento cardíaco, tendo como conduta primária a automedicação. Outro fator elencado foi à falta de acolhimento e resolutividade por parte dos profissionais de saúde, assim como, a não valorização das queixas dos participantes. Na busca pelo atendimento nos serviços de saúde, os participantes encontraram barreiras como: superlotação, atendimento precário e ineficaz, dificuldade no reconhecimento precoce do episódio agudo pelos profissionais, dificuldades de acolhimento e negação de atendimento. Conclusão: que a busca pelo cuidado a saúde foi dificultada pelo desconhecimento dos sinais e sintomas, bem como as barreiras no acesso ao atendimento.