Introdução: A prática clínica é de extrema importância no manejo dos usuários admitidos em Unidades de Terapia Intensiva. Pode ser compreendida como toda atividade de cuidado, terapêutica, prevenção ou promoção de saúde. Com tal prática, torna-se possível avaliar o estado geral dos usuários, identificar suas necessidades humanas afetadas e planejar ações especificas. No entanto, nem sempre isso é suficiente para se compreender a fundo os agravos em saúde que acometem determinado cliente. Desta forma, o uso de aparatos tecnológicos torna-se indispensável para a prestação de uma assistência integral e de qualidade. Objetivo: Descrever a associação da prática clínica com a tecnologia para realizar um cuidado integral a um paciente pediátrico em uma situação de urgência/emergência. Método: Trata-se de um relato de experiência da vivência de uma Acadêmica de enfermagem, em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Resultados: Criança com 18 meses de vida, proveniente de zona rural do município de Rondonópolis-MT, socorrida pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU) com sintomas de engasgamento e sinais vitais inaudíveis, sendo necessárias manobras de reanimação cardiopulmonar obtendo sucesso. No entanto, a criança apresentou outro episódio de parada-cardio-respiratória, no qual foi utilizado um desfibrilador para a reanimação, após este episódio vários procedimentos foram realizados com auxílio tecnológico, utilizando tubo orotraqueal para o procedimento de intubação e instalação de um suporte ventilatório através do ventilador mecânico; exames de imagem através de um tomógrafo e de um broncoscópio. Com todos esses procedimentos e exames aliados ao cuidado integral de enfermagem foi possível descobrir a causa de tal engasgamento inicial da criança. O corpo estranho, tratava-se da metade de um caroço de feijão em um de seus brônquios, o que impedia a entrada espontânea de oxigênio no pulmão, o corpo estranho foi removido, no entanto, a criança ficou com sequelas neurológicas provenientes da má oxigenação cerebral. Conclusão: Observa-se que, embora a prática clínica seja de extrema relevância no cotidiano hospitalar, seus feitos devem ser aliados a ferramentas tecnológicas, como por exemplos exames complementares que tem como objetivo auxiliar na terapêutica e propiciar uma assistência mais sólida e integral.