Introdução: Visando a melhoria das condições de vida e de saúde das mulheres e crianças, o Ministério da Saúde (MS) emite normas, diretrizes e elabora políticas voltadas a esse público e ao incentivo ao aleitamento materno. Tais publicações indicam que as grávidas devem ser acompanhadas por médicos e enfermeiros no pré-natal e no pós-parto realizado na atenção primária à saúde, especificamente na Estratégia de Saúde da Família. Isso deve-se porque o enfermeiro é o profissional que mantém maior tempo de contato com as mulheres durante a assistência à gravidez. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi compreender o papel do enfermeiro no processo de incentivo e de orientação ao aleitamento materno, na atenção básica, identificando de que forma o enfermeiro pode atuar nesse processo. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa e caráter descritivo. Como fontes de dados, foram utilizadas as fontes primárias (livros e publicações do MS) e secundárias (artigos). Foram selecionados 18 artigos, de 36 encontrados, publicados entre 2000 e 2018, completos, na língua inglesa e portuguesa, que contivesse os termos Atenção Básica, Aleitamento materno e Enfermagem. Para a análise dos dados, foi empregada a análise de conteúdo, o qual ocorreu em três etapas: pré-análise; exploração do material e tratamento dos resultados. Deste processo foram previamente extraídas duas subcategorias de análise, as quais subsidiaram o alcance dos objetivos. Resultados e discussões: A leitura dos artigos selecionados para esta pesquisa reafirmou a compreensão de que o enfermeiro é peça chave no incentivo ao aleitamento materno e à amamentação exclusiva, entendendo que as orientações dadas por este profissional nas unidades de saúde da família, às mulheres grávidas e puérperas, resultam em modificações de comportamento e atitudes, devido à educação promovida através dessas ações. Estas se baseiam na importância da prática, bem como, dos seus benefícios ao binómio mãe/filho, além do ensino de técnicas e abordagens adequadas a este fim. Conclusões: Assim, esse estudo evidenciou ser necessário a busca por capacitação em amamentação, pelos enfermeiros, a fim de fomentar ações de incentivo a essas práticas.