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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
CICATRIZAÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES ACOMPANHADOS POR UM SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR
Relatoria:
CHRIS M. TIBES-CHERMAN
Autores:
  • Melina Muszkat
  • Adriana Zilly
  • Yolanda Dora Martinez Évora
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: uma alta taxa de pacientes com feridas crônicas acompanhados pela Atenção Domiciliar (AD) tem sido observada na prática clínica e em publicações. As feridas cirúrgicas, úlceras de perna e as lesões por pressão (LPP) são relatadas como as mais frequentes. Em geral essas são lesões de cicatrização demorada e de tratamento complexo. O cuidado de enfermagem aos pacientes portadores de LPP na AD é um desafio frente às limitações em proporcionar um ambiente adequado para a cicatrização e a adesão do paciente e da família ao tratamento. Assim, deve-se pensar em estratégias para acompanhar a evolução dessas lesões no domicílio. Objetivo: avaliar a cicatrização de lesões por pressão em pacientes na atenção domiciliar. Método: estudo longitudinal observacional, amostra intencional com os pacientes acompanhados em um serviço de atenção domiciliar. Foram coletados dados de prontuário no período de setembro de 2018 a fevereiro de 2019. Foram coletados dados sobre lesões por pressão dos pacientes acompanhados no serviço, tais como: tamanho (cumprimentos x largura); exsudato (quantidade e aspecto); tecidos presentes no leito da ferida e coberturas utilizadas. A cicatrização foi avaliada pelo instrumento Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH). Considerou-se apenas as lesões com avaliação e a reavaliação após um mês. Estatística descritiva foi utilizada para analisar os dados. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº 2.528.535). Resultados: no total foram avaliados dados por período de seis meses. No total foram avaliadas registros sobre avaliação de 316 lesões no período, dessas se observou uma melhora exponencial na taxa de cicatrização segundo o escore de Push, conforme descrito: setembro 47 lesões - 36% em cicatrização; outubro 46 lesões - 39% em cicatrização; novembro 48 lesões - 50% feridas em cicatrização; dezembro 69 lesões - 51% feridas em cicatrização; janeiro 63 lesões - 71% em cicatrização) e fevereiro 43 lesões - 72% em cicatrização. Conclusão: houve evolução favorável na cicatrização de acordo com o escore de PUSH. O método utilizado se mostrou favorável para a avaliação de cicatrização de LPP no contexto domiciliar, visto que são lesões complexas e de cicatrização lenta. Ao se utilizar o escore de PUSH pode-se estimar quais lesões estão evoluindo para melhora mesmo sem alcançar a cicatrização total, fator importante para acompanhar pacientes de longa permanência.