INTRODUÇAO: A Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem esclarece que a população masculina ainda enfrenta dificuldades em reconhecer a importância do cuidado a sua saúde, criando e alimentado a ideologia de que nunca irá adoecer. Além disso, os serviços de atenção primária na prevenção e promoção priorizam ações de saúde voltadas quase que exclusivamente para crianças, adolescentes, mulheres e idosos. OBJETIVO: conhecer através de publicações científicas, os fatores que dificultam a busca por ações de prevenção e promoção de saúde pela população masculina. METODOLOGIA: revisão integrativa da literatura, com artigos publicados entre os anos de 2013 a 2018, nas bases de dados SCIELO e LILACS, com os descritores: Saúde do homem, Atenção Primária, Gênero Masculino. Foram encontrados inicialmente 146 artigos, e após leitura criteriosa foram selecionados 12 artigos que se adequavam aos critérios de inclusão, e que respondiam as questões norteadoras. RESULTADOS: Através dos resultados obtidos pode-se identificar que o não-comparecimento do homem aos serviços de saúde está ligado aos fatores culturais que definem o ser homem como provedor e líder, e que os mesmos ainda sentem vergonha em expor seus problemas e anseios e medo de descobrir alguma doença. Em relação aos profissionais de saúde, os profissionais de saúde têm déficit de capacitação em relação às necessidades específicas do homem, e demonstram falhas na comunicação, acolhimento e empatia para com os usuários. No que se refere aos serviços de saúde, identificou-se dificuldades em relação ao horário de atendimento não compatível com o horário de trabalho dos homens; o atendimento demorado e não resolutivo e falta de ações voltadas especificamente para o homem. CONCLUSÃO: A análise dos artigos mostrou a importância de uma conscientização do público masculino no que se refere às ações de prevenção e promoção da saúde. Além disso é necessário que os profissionais compreendam as barreiras socioculturais e institucionais, para assim desenvolver estratégias que promovam o acesso do homem aos serviços de atenção primária.