Com a popularização dos dispositivos móveis, o acesso à informação deixou de ser privilégio de grupos e tornou-se mais acessível à coletividade. Na área da saúde, esse tipo de tecnologia permite um contato mais próximo entre profissionais e usuários, bem como oportuniza a autonomia das pessoas na busca e direcionamento do cuidado em saúde, nos mais diversos contextos sociais. Apresentar a trajetória de construção de um aplicativo móvel para assistência à saúde. Trata-se de um relato de experiência, elaborado em julho de 2019, a partir da vivência no curso de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso, diante de dificuldades observadas em serviços de saúde e por profissionais no alcance da cobertura vacinal e acompanhamento da comunidade frente à imunização. Diante disso, viu-se a possibilidade em estabelecer uma tecnologia de cuidado à saúde que contemplasse essas demandas. As atividades de concepção ocorreram após discussão entre acadêmicos, realizando inicialmente leitura para embasamento teórico, a fim de gerar um produto de qualidade e que atendesse as questões de vacinação na contemporaneidade frente a ameaças constantes, como por exemplo, o ativismo anti-vacinas, negativismo sobre seus efeitos e consequentemente a reinserção de doenças imunopreviníveis erradicadas. A construção do aplicativo móvel seguiu alguns quesitos, especialmente funcionalidade, segurança, confiabilidade e eficiência. Após a produção do aplicativo, realizou-se teste piloto inicial para as primeiras adequações, o que a priori indicou boa efetividade, embora teste e aperfeiçoamento permaneçam. Acredita-se que o aplicativo possa ser utilizado nos diversos setores em saúde desde a atenção primária à terciária, e apresenta-se como recurso extra para o fortalecimento do cuidado em saúde. Essa experiência revelou que a inclusão de tecnologias no cotidiano assistencial é promissora, podendo auxiliar os profissionais no gerenciamento de problemáticas pontuais e históricas. Verifica-se que a trajetória de construção deste aplicativo não exigiu tantos esforços, demonstrando que a criação de tecnologias de cuidado é uma realidade, mas demanda interesse e compromisso dos profissionais com as necessidades em saúde da comunidade. Além disso, esse tipo de vivência durante a graduação, instrumentaliza e acende os acadêmicos à proatividade e novas perspectivas terapêuticas.