O Ministério da Saúde através de políticas de humanização de assistência ao parto, incentiva a inserção de enfermeiras obstetras na atuação ao parto normal de baixo risco, visando resgatar o parto como processo fisiológico, diminuindo as intervenções desnecessárias. O objetivo deste relato foi descrever o processo de implantação (planejamento, execução e avaliação) de uma estratégia de valorização da atuação das enfermeiras obstetras na verticalização do parto e prevenção de lesões perineais. Esse plano foi desenvolvido na Maternidade de Campinas, uma instituição filantrópica que atende clientes SUS em sua maioria, culminando na adesão da instituição no programa Parto Adequado em 2017. A partir dessa decisão, a coordenação de enfermagem do centro obstétrico, juntamente com as enfermeiras obstétricas, iniciaram um movimento de atuação baseado no manual da OMS - Maternidade Segura, favorecendo uma participação maior das mulheres no seu processo de parturição desde a internação no pré - parto até o pós parto imediato. Durante o processo, alguns aspectos chamaram a atenção: à medida que as enfermeiras obstetras sentiram-se apoiadas pela instituição, mais atuaram no sentido de conscientizar a parturiente; ao longo dos meses, as resistências e cuidados da equipe médica foram cedendo a uma confiança no processo de trabalho das enfermeiras obstetras; houve um aumento na prevalência dos partos verticais e uma diminuição da prática de episiotomias por parte das enfermeiras.