Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
DESAFIOS NA FORMAÇÃO DE UM ENFERMEIRO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
MARIANA THEES DE MORAIS
Autores:
- Priscilla Larissa Silva Pires
- Vitor Hélio de Souza Oliveira
- Noemi Borges Costa
- Marcos Martins da Costa
- Gabriella Vieira Carneiro
- Rafael Lemes de Aquino
Modalidade:
Pôster
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Em qualquer momento da vida necessitamos de adaptações para uma nova etapa que poderá surgir, essa exigência de mudança pode implicar o desenvolvimento de sentimentos negativos ou positivos dependendo da situação gerada. Entretanto, o ambiente acadêmico de Enfermagem e todo o processo de aprendizagem para a formação do profissional propiciam situações diárias que demandam adaptações podendo ser julgadas como estressoras, possibilitando a formação de um indivíduo com instabilidade emocional. A transição desse estudante para o profissional Enfermeiro significa uma grande responsabilidade para diversas pessoas que cooperaram na sua formação acadêmica. Em alguns casos, pelo fato do processo não ser concreto, formam-se profissionais despreparados para o mercado de trabalho, devido às preceptorias de baixa qualidade, necessitando adquirir habilidades na prática. Neste contexto, o objetivo desse trabalho é relatar a vivência durante o processo de transição de uma Graduação em Enfermagem para uma Residência em Enfermagem, realizadas em uma mesma Universidade e Hospital localizados no interior de Minas Gerais. O final de uma graduação gera sentimentos de insegurança no acadêmico devido a transição para o mercado de trabalho, existindo como alternativa a especialização através da Residência Multiprofissional. Os desafios encontrados perante os contextos da prática são: as diferenças entre o que aprende na teoria e a realidade com que se defronta, a submissão a processos de avaliação, cumprimento de uma carga horária semanal extensa e distribuída em turnos e a relação interpessoal com a equipe do setor que apresentam como fatores negativos. Observa-se que muitos preceptores não estão preparados conforme as exigências do MEC e os residentes veem a necessidade de mais investimento no aprendizado com a prática, pois o intuito da residência é influenciar o aperfeiçoamento do profissional e não só mais uma “mão de obra”. Por fim, gera novamente a sensação de insegurança e despreparo para inserção no mercado de trabalho, e a somatização dos fatores gerados desde a graduação propiciam um déficit na saúde mental deste indivíduo. Conclui-se que, as transições durante o processo de formação e a experiência do recém-formado são fatores estressantes para o indivíduo, e observa-se que existe uma necessidade em estabelecer constructos para refinar o Enfermeiro como exigido no mercado de trabalho com o intuito de transformá-lo em um indivíduo seguro para realizar suas atribuições.