INTRODUÇÃO: A adolescência é caracterizada pela passagem da infância para a vida adulta, determinado pelo desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social e se inicia a partir das mudanças corporais da puberdade. Os fatores biológicos, psíquicos e sociais que estão latentes nessa fase da vida, influenciam diretamente na sexualidade. A maturação sexual precoce e o inicio da atividade sexual, podem resultar em uma gravidez não planejada. A gravidez constitui uma fase de mudanças na vida da mulher, sendo que na adolescência, essas alterações podem causar maior impacto, pois ocorre o período de transição da vida infantil para a vida adulta precocemente. OBJETIVOS: Identificar fatores relacionados à ocorrência da gravidez na adolescência. METODOLOGIA: Estudo descritivo, realizado mediante a coleta de dados secundários, divulgados pelo DATASUS. Incluiu-se dados de Nascidos Vivos de mães na faixa etária de 10 a 19 anos ocorridos em Goiás no período de 2012-2016. Por se tratar de dados de domínio público, o estudo dispensou a apreciação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisas. RESULTADOS: Notou-se que na atualidade aconteceram diversas transformações nas condutas, costumes e hábitos das pessoas, principalmente no que se diz respeito à intensificação da atividade sexual entre os adolescentes, ocasionando assim, um aumento da gravidez não programada. Nesse estudo, obteve-se que há um índice considerável de gravidez na adolescência em Goiás, sendo o ano de 2014 de maior ocorrência com total de 18.506 nascimentos. O município com o maior número de casos foi Goiânia, com 14.370 nascidos vivos, seguido por Aparecida de Goiânia com 6.897 e Anápolis com 4.521 casos. O estudo mostrou como possíveis fatores intervenientes à ocorrência da gestação da adolescência: o inicio precoce da vida sexual, baixo nível de escolaridade e socioeconômico, estado civil e desconhecimento da fisiologia reprodutiva. Observou-se também que a gravidez na adolescência tem sido um desafio para a saúde pública, visto que muitas destas gestações terminam em abortos provocados, realizados em condições adversas, que evoluem para problemas obstétricos. CONCLUSÃO: O estudo destacou a relevância na implementação de ações preventivas para reduzir a incidência de gravidez precoce nesse grupo etário, que incluam empoderamento, maior acesso à anticoncepcionais, educação sexual sobre o tema nas rotinas escolares, na família e comunidade em geral.