Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
APLICABILIDADE DA TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
DANIELLY ELIZEU ALVES
Autores:
- Maria de Fátima Alves Aguiar Carvalho
- Danielly Elizeu Alves
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Teorias podem ser conceituadas como proposições utilizadas para referir, explicar e prenunciar parte de uma realidade. O uso de teorias na Enfermagem representa uma busca da autonomia e do abalizamento das ações, reverberando em cientificidade e reconhecimento da profissão. Desta forma, dão alicerce para o Processo de Enfermagem e colaboram com o modelo psicossocial da contemporaneidade. Entretanto, pesar de sua inegável importância, tem surgido inquirições por parte das/os enfermeiras/os quanto à aplicabilidade das teorias na prática. A teoria de Hildegard E. Peplau, introduziu um novo paradigma para a enfermagem centrado nas relações interpessoais entre o/a enfermeira/o e o paciente, pondo em questionamento o papel da enfermagem e sua prática. Objetivos: investigar a aplicabilidade da teoria das relações interpessoais de Peplau no cotidiano de um Hospital Universitário do Sertão de Pernambuco. Metodologia: trata-se de um relato de experiência descritivo-observacional vivenciado por discentes de enfermagem nas aulas práticas do módulo Práticas do Cuidar I, em abril de 2018, nos cenários das clínicas médicas e cirúrgicas do referido hospital. Foi observado o processo de comunicação terapêutica desenvolvida por enfermeiros/as e pacientes e a viabilidade da adoção da teoria das relações interpessoais no Processo de Enfermagem; assim como, a identificação dos fatores potencializadores e fragilizadores. É válido ressaltar que foram respeitados os aspectos éticos da resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: revelam que a teoria das relações interpessoais poderá ser facilmente adotada no Processo de enfermagem, pois desde a admissão até a alta, há comunicação e interação do paciente com a equipe de enfermagem, identificado como dispositivo potencializador do processo; porém, como elemento fragilizador, foi constatado que a/o enfermeira/o deixa as suas atividades junto ao paciente para segundo plano, em detrimento de incumbências administrativas e burocráticas, dificultando, assim, que o paciente consiga distinguir as/os enfermeiras/os dos outros membros da equipe, possibilitando aproximação e o desenvolvimento de uma comunicação terapêutica. Conclusão: a teoria junto ao PE direciona o enfermeiro/a a executar diferentes papeis para auxiliar o paciente no desenvolvimento das suas necessidades, até que o mesmo esteja pronto para assumir o seu autocuidado. Assim, obedecendo as fases de orientação, identificação, exploração e resolução.