Introdução: A adolescência é marcada por mudanças como o início da atividade sexual a qual pode evoluir para gravidez. A família é considerada rede de suporte para adolescentes, entretanto essa relação pode ser conflituosa na gravidez, podendo gerar fatores de risco para o desenvolvimento fetal. Objetivo: Descrever a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem participantes do Grupo de Apoio a Grávidas Adolescentes-GEAGA, acerca dos sentimentos de uma adolescente grávida em relação a rejeição familiar a sua gravidez. Metodologia: Relato de experiência de uma oficina do GEAGA. Durante uma dinâmica, as adolescentes desenharam em uma folha de papel a representação do atual momento de sua gravidez, com o intuito de externalizar seus sentimentos. Na socialização, uma das participantes compartilhou o desenho de uma árvore e em seus galhos secos as palavras “solidão, angústia e tristeza” e a frase “Uma árvore seca logo dará frutos! Mudanças acontecem, umas para o bem e outras para o mal”. Resultados: Após a interação, notou-se como a atividade foi importante para a manifestação dos sentimentos da participante. No relato foi expresso que o pai da criança rejeitou a gravidez e a família a expulsou de casa. Em diálogo com o grupo disse que sentia medo, culpa e preocupação com o futuro. Este momento proporcionou a escuta qualificada e o grupo GEAGA a encaminhou ao psicólogo. Conclusão: As intervenções como visita domiciliar e solicitação de apoio psicológico objetivaram ofertar maior suporte emocional, acolhimento e ratificar a assistência do grupo durante a gravidez de adolescente. Portanto, o relacionamento interpessoal e atenção da equipe multidisciplinar baseada no princípio da equidade são de extrema importância à atenção integral da saúde da mulher adolescente na gravidez.