A pele é considerada o maior órgão do corpo, sendo responsável por diversas funções vitais. Além da importância a nível funcional no organismo ela também atribui a cada ser uma característica singular. A pessoa acometida por afecções cutâneas pode sentir-se estigmatizada e, de alguma forma, sofrer repercussões na autoimagem. O presente estudo teve como objetivo analisar produções científicas que abordam o cuidado de enfermagem junto a pessoas que apresentam mudanças na autoimagem em decorrência de afecções de pele. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados SCIELO, LILACS e MEDLINE a partir dos descritores enfermagem, autoimagem e dermatologia. Como critérios de inclusão foram adotados: artigos disponíveis na íntegra em meio eletrônico gratuitamente, em língua portuguesa, sem especificação de ano de publicação, que abordavam o tema em estudo. A busca do material foi realizada no mês de março de 2018. Os dados foram organizados em quadros, analisados descritivamente e fundamentados na literatura que abordava a temática. Foram identificadas sete produções científicas que se adequavam aos critérios de inclusão. Os estudos identificados foram publicados a partir do ano de 2012, tendo sido quatro publicados em periódicos de Enfermagem. Predominaram as seguintes tendências temáticas: influências da afecção cutânea na autoimagem e relações entre autoimagem e a categoria gênero. Dos sete estudos utilizados na revisão integrativa, quatro eram qualitativos e a maioria foi realizada em ambientes hospitalares, com participantes do sexo feminino e com alguma afecção de pele. A entrevista foi a técnica de coleta mais utilizada nos estudos. Evidenciou-se que pessoas acometidas por afecções de pele vivenciam significativo abalo psicológico e insegurança, fato que pode interferir no relacionamento interpessoal. O humor deprimido foi destacado como diagnóstico de enfermagem comum na clientela em estudo. Alguns autores destacaram a relevância da assistência de enfermagem a essas pessoas, sobretudo no que diz respeito às orientações quanto ao autocuidado e ao apoio psicológico e social no enfrentamento dessa condição. Essa pesquisa considera relevante que profissionais de Enfermagem reflitam sobre o cuidado destinado à essa clientela e promovam práticas de saúde que resultem em mudanças positivas na autoestima dessas pessoas.