INTRODUÇÃO: A adolescência, que caracteriza o período de 10 à 19 anos, é uma fase de transição no qual o jovem se encontra saindo da infância e entrando na vida adulta, ou seja, um período de grandes descobertas dos próprios limites, de questionamento dos valores e normas familiares, bem como uma intensa adesão aos valores e normas de grupos e amigos. Assim como a construção da adolescência, o ato de marcar o corpo tem significações diferentes em cada cultura. Desenhos no corpo podem fazer parte de rituais de tribos africanas ou mesmo as tatuagens representarem uma expressão artística. OBJETIVO: Compreender o contexto no qual se desenvolve o processo de automutilação em adolescentes. Em caráter mais específico, objetivou-se identificar e descrever as causas associadas ao comportamento autodestrutivo em adolescentes. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, realizado em um centro de atenção psicossocial infanto-juvenil (CAPSi), do município de Fortaleza – CE. Participaram da pesquisa: adolescentes com faixa etária de 10 a 17 anos em sofrimento psíquico. O estudo tem parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Estácio do Ceará (Parecer nº 2.605.200) RESULTADOS: A pesquisa evidenciou como fatores que levam os adolescentes se automutilarem ou correrem o risco do mesmo, o fato de não morararem com os pais assim como a falta de apoio da família, a falta de atendimento profissional, abuso sexual, vários tipos de violência como por exemplo o bullying, que leva as vítimas a se sentirem oprimidas, excluídas, tristes, com medo e consequentemente se isolando do meio social. CONCLUSÃO: A pesquisa evidenciou fatores que podem ser explorados na construção de projetos de intervenção, a partir da elaboração de estratégias que promovam a prevenção à pratica da automutilação, conscientizando adolescentes e familiares acerca dos prejuízos advindos dessa prática.