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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
A ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NA UTILIZAÇÃO DA VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA
Relatoria:
FRANCIELE APARECIDA VECCHIA DIONATO
Autores:
  • Luara Fernandes Argenton
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A ventilação mecânica não invasiva (VMNI) já é bem documentada na literatura acerca de seus benefícios, quando bem indicada garante a ventilação alveolar, reduz necessidade de intubação, por consequência diminui o número de infecções e custos hospitalares (MORTARI et al, 2010; YAMAUCHI et al, 2015). Mesmo assim sua utilização é pouco abrangente principalmente por ausência do fisioterapeuta e falta de conhecimento multidisciplinar. O objetivo desse trabalho é descrever a atuação multidisciplinar no paciente que necessita de VMNI. Para o desenvolvimento do trabalho optou-se por relato de experiência, estudo descritivo sobre a instalação de VMNI em paciente na unidade de emergência. Paciente admitido em unidade de emergência imediatamente monitorizado, tempo resposta na abertura de ficha de atendimento até coleta de gasometria 10 minutos, resultado em 5 minutos por gasômetro disponível na unidade. O diagnóstico médico foi exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Em dispnéia franca, níveis altos de PCO2, PO2 limítrofe, saturação oxigênio 91%, Lactato 0,9 na gasometria arterial. Optado multidisciplinarmente pela instalação de VMNI. Enfermeira e fisioterapeuta discutem a instalação. A montagem do equipamento foi imediata. Parâmetros ventilatórios com níveis de pressão de suporte adequados para otimização da gasometria e regularização da troca gasosa, máscara devidamente acoplada e paciente posicionado em maca com cabeceira elevada à 90 graus. O conhecimento da equipe permitiu manutenção das pressões pré-ajustadas, identificação dos alarmes relatados pelo equipamento, além do adequado suporte ao paciente ao instruí-lo sobre o procedimento durante toda sua execução. O início da terapia se deu concomitante a triagem dos fatores desencadeantes. O paciente foi submetido à uma hora de VMNI, parâmetros gasométricos readequados para seu biotipo logo ao se findar a terapia. O conhecimento e a atuação multiprofissional na abordagem da VMNI otimizou o tempo de instalação e dos resultados na intervenção do paciente, apontando tempo de resolução do problema imediato menor que duas horas. O fator desencadeador da exacerbação da doença ficou secundário e como não haviam alterações sinais vitais direcionados a sepse paciente migrou de cuidados semi-intensivos para cuidados intermediários. Portanto, o alinhamento multidisciplinar se mostra imprescindíveis às instituições de saúde.