Introdução: A segurança do paciente tem ocupado um importante papel na melhoria da qualidade em serviços de saúde. Os estudos voltados para a segurança do paciente estão mais evidentes no contexto hospitalar. No entanto, autores destacam que a maioria dos cuidados de saúde é desenvolvida fora dos ambientes hospitalares e que muitos incidentes identificados nos hospitais têm origem em outros locais, como na atenção primária à saúde. Objetivo: Identificar e analisar estudos científicos relacionados com a avaliação da segurança do paciente em serviços de atenção primária. Método: O estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Resultado: Após a realização da busca nas bases de dados, foram selecionados 7 artigos que se relacionavam com o objeto de estudo. Destes, 2 ocorreram na Inglaterra, 1 na Espanha, 1 na Escócia, 1 na França, 1 em vários países da Europa, dentre eles a Inglaterra e 1 em países em desenvolvimento, porém não citados no estudo. Os métodos utilizados foram: revisão sistemática (1), estudos descritivos (2), método misto (1), desenvolvimento metodológico (1) e estudos qualitativos (2). Os estudos foram publicados entre 2006 e 2015. Dois estudos abordaram a cultura da segurança do paciente em serviços de atenção primária, envolvendo questionários de mensuração já validados. Dois avaliaram programas de segurança na atenção primária, sendo um na França e outro na Escócia. Um estudo feito em um serviço de gestão de risco analisou o sistema de notificação a partir da opinião de profissionais que atuam nesses serviços em relação ao seu conteúdo, complementação e utilidade. No artigo de revisão sistemática, evidenciou-se a importância de utilizar ferramentas de melhoria e avaliação, principalmente pela necessidade de otimizar recursos, melhorar a cobertura da população e ampliar o cuidado. E por fim, um estudo avaliou um ponto específico da segurança, o processo de identificação do paciente no contexto da atenção primária na Inglaterra. Conclusão: Os estudos encontrados avaliam a segurança do paciente em determinada perspectiva, seja em sua cultura, um ponto específico ou um programa elaborado. Porém não foi possível evidenciar ferramentas ou instrumentos que permitam a avaliação da segurança do paciente no contexto da atenção primária de forma ampliada, compreendendo seus pontos estruturantes capazes de criarem ou fortalecerem mecanismos e processos que tornem a prática assistencial mais segura, principalmente no cenário brasileiro.