Introdução: O trabalho em Unidade de Tratamento Intensivo (U.T.I) é complexo e intenso, devendo o enfermeiro estar preparado para a qualquer momento, atender pacientes com alterações hemodinâmicas importantes, as quais requerem conhecimento específico e grande habilidade para tomar decisões e implementá-las em tempo hábil. Sabe-se que grande parte desses eventos são causados por falhas na comunicação e que são necessárias estratégias que busquem a comunicação efetiva e a prevenção de erros, como a implantação de round. Objetivo: Descrever a organização e o método utilizados no round de Enfermagem em uma UTI adulto de um Hospital referência do Estado do Pará. Metodologia: Estudo descritivo acerca de um relato de experiência. Implementação de round de Enfermagem matinal diário e checklist construídos através de revisão de literatura e experiência profissional prévia. Realiza-se, no início da manhã, round de Enfermagem beira leito com duração de aproximadamente 30 minutos. O round conta com a participação dos seguintes profissionais: enfermeiro e técnico de enfermagem, sendo uma vez na semana realizado com o Gerente de Enfermagem da UTI Adulto e representantes da CCIH e do NSP. É reservado cinco minutos para a discussão e revisão de cada um dos casos clínicos. Durante esse momento, cria-se um plano de cuidado e definem-se as metas para o dia. Resultados e discussão: O round é direcionado à formulação do plano de cuidados diário e metas mensuráveis a serem atingidas nas próximas 24 horas, incluindo checagem de pulseira de identificação, Avaliação da Higiene oral, cabeceira elevada, Bundle de Prevenção de Infecção de Corrente sanguínea, Bundle de Prevenção ITU, Avaliação diária da pele incluindo discussão de melhor cobertura para as lesões quando houver, nutrição, eliminações, mobilização, remoção de dispositivos, questões psicossociais, família, checagem da limpeza concorrente e material de Higiene. Como limitações, observa-se que esta prática ainda não é realizada em finais de semana e feriados e que o plano assistencial ainda não possui registro em prontuário, limitando-se ao checklist à beira do leito. Conclusões: Considera-se que os rounds de enfermagem facilitam a comunicação, otimizam o planejamento do cuidado e facilitam a construção de uma cultura voltada para a segurança do paciente. Entretanto, são necessários estudos futuros para avaliar o impacto desta prática na qualidade assistencial e nos desfechos apresentados pelo paciente.