Introdução: O projeto Anjos da Enfermagem (AE) é apoiado pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), sendo atualmente inserido em 16 estados brasileiros e apoiado por seus respectivos Conselhos Regionais de Enfermagem (COREN’s). É o maior projeto de extensão de enfermagem no país e tem o propósito de realizar educação em saúde através do lúdico e humanização durante a hospitalização. Objetivo: O trabalho tem como objetivo relatar experiência do projeto Anjos da Enfermagem Núcleo Mato Grosso (AEMT) e a sua importância na formação. Metodologia: Trata-se de um estudo com base na experiência vivenciada pelos voluntários durante abril e julho de 2018 na ala pediátrica do Hospital Universitário Júlio Muller e do Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Resultados: O processo de adoecimento e hospitalização traz grande impacto na vida da criança, muitas vezes, por esta ficar impossibilitada de realizar algumas atividades cotidianas como: brincar, ir à escola, estar com a família, manter vínculos de amizade, entre outras. Neste cenário torna-se de grande relevância estratégias lúdicas que proporcionem a criança e sua família momentos de distração e afetividade, compreendo-as como modos terapêuticos de aliviar o medo, o sofrimento e a dor. Durantes as visitas foram realizadas atividades de musicoterapia nas enfermarias, isolamentos e brinquedotecas, envolvendo a criança, a família e a equipe de enfermagem. Foi visível a diferença da expressão facial encontrada antes e depois das atividades. Outro resultado encontrado foi a importância dessas atividades na segurança emocional dos voluntários, todos acadêmicos da graduação em enfermagem. Não é incomum o sofrimento emocional entre os estudantes durante o estágio, pois ver o sofrimento alheio, especialmente da criança, causa grande sofrimento psicológico. Foi notória que a participação no projeto contribuiu para a segurança emocional dos estudantes, que, por vezes, chegavam à visita cansados pela rotina acadêmica reconhecidamente estressante, mas saíam sempre com um sorriso no rosto por evidenciar a relevância do seu papel social neste contexto, promovendo em sua formação acadêmica o compromisso ético e de cidadania. Considerações finais: O projeto AE tem contribuído tanto para a assistência da criança hospitalizada e de sua família, quanto para a formação acadêmica, fomentando a capacidade de lançar mão de ações mais humanizadas, contextualizadas, bem como de ferramentas terapêuticas da enfermagem pediátrica.