Introdução: O contato pele a pele é uma prática que consiste em colocar o recém-nascido nu, sobre o peito da mãe, cobrindo-o com um campo aquecido imediatamente após o parto. Esta técnica é considerada simples e de baixo custo e, é ligado ao quarto passo da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC). Objetivo: Identificar nas bases de dados virtuais, a produção científica que trata do contato pele a pele durante a cesárea. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura, realizada no período de fevereiro a março de 2018, nas bases de dados virtuais PubMed, Cochrane Library, Scielo e Lilacs. Foram incluídos artigos com recorte temporal dos últimos cinco anos, nos idiomas português e inglês, perfazendo um total de 98 estudos sendo estes artigos na íntegra, resumos, teses e manuais. Foram excluídos estudos duplicados e que não abordassem em seus títulos ou resumos a temática do estudo. Após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, 22 estudos compuseram a amostra. Resultados: Foi constatado nos estudos que apesar dos esforços ainda persistem índices de não cumprimento do quarto passo da IHAC quando se trata de parto por via abdominal, sendo esse procedimento visto como fator que contribui para o adiamento do contato e da primeira mamada. Dentre as principais barreiras encontradas para a realização deste cuidado estão: temperatura baixa da sala; estrutura física; prioridade dos profissionais em realizar procedimentos de rotina; falta de conhecimento dos profissionais a respeito da técnica; as náuseas devido às medicações utilizadas durante a cirurgia dentre outros fatores. Estes achados demonstram que o ambiente hospitalar e o aparato de uma cirurgia, acabam por reger o cenário de atenção ao parto, propiciando que os princípios de humanização sejam perdidos. Conclusão: O contato pele a pele deve ser estimulado em partos cesáreas com a finalidade de desmitificar a cultura da separação, e os profissionais envolvidos precisam fazer parte desse processo como agentes na promoção da humanização.