Os profissionais de saúde se deparam com situações desafiantes durante o processo de enfrentamento do câncer. Dentre elas, salienta-se a dor por ser um sinal e sintomas altamente apresentado e relatado em pacientes com câncer. A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, que é associada ou descrita em termos de lesões teciduais. Geralmente na fase inicial, o câncer é indolor, já estágio avançado, 90% dos pacientes relatam dor de moderada a severa. Trata-se de um fenômeno complexo e de difícil mensuração, principalmente na população com câncer em tratamento paliativo. Portanto, a equipe de enfermagem e extremamente importante neste processo. Assim, o presente estudo objetivou analisar a percepção da equipe de enfermagem frente à avaliação da dor em pacientes com câncer em cuidados paliativos. Tratou-se de um Estudo descritivo-exploratório, transversal, aprovado pelo Comitê de Ética, parecer n°2.385.221, realizado com 10 profissionais de enfermagem (3 enfermeiros e 7 técnicos de enfermagem) de um hospital de grande porte referência em oncologia localizado na cidade de Goiânia-GO, Brasil. A coleta de dados ocorreu em novembro de 2017 no setor de cuidados paliativos, por meio de um questionário semiestruturado contendo perguntas abertas e fechadas. Dentre os pesquisados, a idade média predominante foi de 44,5 anos. Todos os profissionais com mais de 4 anos de experiências no setor com predominância o sexo feminino. Os dados foram analisados e os resultados apontaram que embora haja inúmeros instrumentos para avaliar a dor, (Escala Numérica, Escala Analógica Visual, Escalas de Faces, Edmonton SymptomAssessment System (ESAS) e McGill Questionnarie), a avaliação ainda continua sendo um processo negligenciado, sobretudo no tratamento paliativo. Com base nestes resultados, torna-se necessário uma capacitação dos profissionais de enfermagem no que se refere à importância da avaliação e, sobretudo no manejo da dor.