O Programa Saúde da Família (PSF), atualmente chamado Estratégia Saúde da Família (ESF), tem por objetivos gerar mudanças na assistência ofertada ao indivíduo, família e comunidade, distanciando-se do modelo biomédico e fragmentado, focado somente na doença, para ser uma assistência com base nos princípios e na diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), visando não somente a recuperação da saúde, como também a promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento adequado. Sendo o enfermeiro responsável por manter a supervisão e qualificação da equipe de enfermagem e dos Agentes Comunitário de Saúde (ACS), assim como planejar, identificar possíveis problemas e prestar os cuidados necessários. Sendo sua atuação importante e indispensável neste setor. Diante disso, esse estudo busca analisar a atuação do enfermeiro na Estratégia Saúde da Família no município de Porto Velho-RO. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 36 enfermeiros atuantes na ESF de Porto Velho, sendo os dados coletados na plataforma online do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), correspondentes ao seu 2º ciclo, durante os anos de 2013 e 2014. A análise estatística foi efetuada pelo programa computacional Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20, tendo como variáveis de estudo a atuação do enfermeiro em visitas domiciliares e a atuação em grupos de educação em saúde (Hipertensão/Diabetes, HiperDia; Obesidade; Álcool/ Droga e Tabaco).Nota-se que a atuação do enfermeiro nas visitas domiciliares e no grupo HiperDia ocorre de maneira eficaz, todavia, nos grupos de obesidade e álcool/drogas e tabaco, menos da metade dos profissionais operam. Entretanto cerca de 18,9% da população brasileira está obesa, tornando-se necessária uma maior atuação por parte do enfermeiro, sendo ele responsável pela elaboração de cuidados e promoção da educação em saúde, tornando-se essencial que o profissional esteja qualificado e capacitado para lidar com esse público.Assim como na obesidade, o enfermeiro tem como papel a identificação de possíveis problemas desencadeadores do consumo de álcool, drogas e tabaco, como também dar um direcionamento ao indivíduo, formulando ações que irão possibilitar uma recuperação e resolução desses problemas. Diante disso, percebe-se que existem grupos de educação em saúde que ainda são negligenciados, não somente por falta de profissionais, mas também pela deficiência na oferta de subsídios pelo poder público.