Anais - 20º CBCENF
Resumo
Título:
USO DO ECULIZUMAB NO TRATAMENTO DA SÍNDROME HEMOLÍTICO URÊMICA ATÍPICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
JANIELLE FERREIRA DE BRITO LIMA
Autores:
- Lara Ivana Reis Ribeiro
- Alan Cássio Carvalho Coutinho
- Luciana Leda Carvalho Lisboa
- Luciane Sousa Pessoa Cardoso
- Maryam Andrade Fróz
Modalidade:
Pôster
Área:
Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A Síndrome Hemolítico Urêmica é uma doença grave, caracterizada pela presença de anemia hemolítica, trombocitopenia e insuficiência renal aguda. Na sua forma atípica (SHUa), a doença ocorre por hiperativação da via alternativa do complemento e é identificada em 5% a 10% dos casos. Estudos internacionais tem mostrado resultados positivos do uso de um anticorpo monoclonal humanizado, o eculizumab, no tratamento da SHUa¹ e recentemente seu uso foi regulamentado no Brasil. Por se tratar de um anticorpo sensível, cuidados especiais em seu acondicionamento e manuseio são necessários, destacando-se a importância da assistência de enfermagem no sucesso do tratamento. Objetivo: Relatar a experiência do uso do eculizumab no tratamento de pacientes com SHUa internados em um Hospital Universitário localizado na região Nordeste do Brasil. Metodologia: Trata-se de vivencia experimentada por enfermeiras nefrologistas, do preparo e administração do eculizumab. Inicialmente, o laboratório fornecedor da droga realizou treinamento com médicos e enfermeiros da Unidade. Posteriormente as enfermeiras elaboraram os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para preparo e administração da medicação, observando as recomendações da ANVISA. Em seguida, a medicação foi preparada e administrada conforme o POP. Por fim, foi avaliada a necessidade de ajustes no POP. Resultados e Discussão: O eculizumab deve ser acondicionado sob refrigeração. Para administração, diluir em soro fisiológico 0,9% e instalar imediatamente após o preparo. A droga deve ser aspirada do frasco ampola e infundida no frasco de soro com movimentos suaves para evitar a formação de espuma, que provoca a inativação do anticorpo. A agulha indicada para o preparo é a 1,2x40mm, que uma vez introduzida no frasco, só deverá ser retirada no final do procedimento. Recomenda-se que o equipo seja preenchido com soro fisiológico para evitar desperdício de medicação. Conclusão: O uso do eculizumab é recente no Brasil. Por ser uma droga nova, sensível, e de custo elevado, observou-se a necessidade de criar um protocolo para administração que minimize o risco de inativação ou desperdício e a consequente redução da eficácia do tratamento. A implementação do protocolo oportunizou à equipe de enfermagem administrar a droga com segurança e eficiência. Referencias: 1. VAISBICH MH, et al. Uso do eculizumab na síndrome hemolítica urêmica atípica - Relato de caso e revisão da literatura. J Bras Nefrol, 2013; 35(3): 237-241.