Introdução: A comunicação é a prática social proveniente da interação entre os seres humanos. É o elemento integrador que possibilita a humanização nas relações de trabalho e se estende às práticas dos profissionais de saúde, um alvo constante de queixas dos usuários do serviço a respeito da fragmentação do processo de trabalho e das relações interprofissionais e usuário-profissionais (DE MARCO et al., 2013). Objetivo: Identificar, na literatura, a influência da comunicação para a humanização da equipe multiprofissional de saúde, e consequentemente, aos usuários do serviço de saúde. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca dos artigos realizada na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), durante os meses de junho a setembro de 2016, utilizando os descritores: comunicação, equipe de saúde, humanização e relações interpessoais. A partir destes, foram identificados 1664 artigos. Estabeleceu-se como critérios de inclusão: texto disponível na íntegra; escritos nos idiomas português, inglês ou espanhol; compreendidos entre 2011 e 2016 e relação com o objetivo da pesquisa. Foram excluídos todos os artigos repetidos, revisões de literatura, publicações institucionais, capítulos de livros, teses e dissertações. A amostra final foi composta por 28 artigos. Resultados: A análise dos estudos destaca a comunicação como ferramenta indispensável para a humanização da equipe multiprofissional, resultando em relações dialógicas, de vínculo e interação. Porém, os mesmos chamam a atenção para as múltiplas barreiras para a comunicação efetiva, como: a formação em saúde brasileira, a natureza individual dos profissionais, condições físicas e humanas do ambiente, dinâmica organizacional e autonomia profissional. Em adição, os estudos corroboram sobre a real necessidade da implementação de um modelo dialógico para a humanização das relações interpessoais entre os profissionais, resultando no alcance de metas na assistência aos usuários, por meio do cuidado humanizado. Conclusão: Compreende-se como necessários um maior incentivo da comunicação para a humanização das relações da equipe de saúde e uma formação profissional em saúde com saberes que fomentem o exercício de práticas comunicativas dialógicas. Referências: DE MARCO, M. A. et al. Comunicação, humanidades e humanização: a educação técnica, estética e emocional do estudante e do profissional de saúde. Revista Interface, v. 17, n. 46, 2013.