A utilização de plantas com fins medicinais é uma das práticas mais antigas usadas pela população. A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou no início da década de 90, que cerca de 65 a 80% da população dos países em desenvolvimento utilizavam plantas medicinais como única forma de acesso aos cuidados básicos de saúde. Desse modo, observa-se no Brasil, o surgimento de políticas públicas com o objetivo de incorporar opções terapêuticas relacionadas às plantas medicinais e fitoterápicas. Diante deste contexto, o estudo objetivou identificar o perfil de usuários de plantas medicinais de uma comunidade rural do município de Rondonópolis-MT. O local foi escolhido mediante sorteio e as informações obtidas por meio de entrevista semi-estruturada realizadas com os moradores. Foram 50 entrevistados, a maioria do sexo masculino. A faixa etária variou de 34 a 77 anos, 100% dos entrevistados são casados e ser companheiro/esposo(a) é a posição familiar desempenhada. O nível de instrução da maioria dos entrevistados é fundamental incompleto, são pequenos sitiantes, o sustento familiar provém da pecuária e/ou agricultura e outros da aposentadoria. Possui renda mensal em torno de 2 a 3 salários mínimos e o tempo de residência da comunidade variou de um ano e meio a 66 anos. A orientação sobre a forma de utilização das plantas para fins medicinais ocorre pela informação de familiares mais velhos. Conclui-se que há necessidade que os profissionais das diversas áreas, em especial a enfermagem, conheça o perfil de sua clientela, seus costumes e tradições e assim possam implementar uma abordagem terapêutica acerca do uso de recursos vegetais e assim ressaltar a indicação correta, modo de uso, toxicidade e interações com alopáticos.