INTRODUÇÃO: Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2014-2015) a cetoacidose diabética (CAD) é uma das complicações agudas graves que pode ocorrer, principalmente durante a evolução do diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e está presente em aproximadamente 25% dos casos. Neste contexto torna-se essencial que o enfermeiro conheça o tratamento, melhorando o acesso à informação e assistência às pessoas com DM1. OBJETIVO: Mostrar os tratamentos que podem ser realizados na CAD, que é a causa mais comum de morte entre crianças e adolescentes com DM1. METODOLOGIA: Trata-se de revisão bibliográfica em um Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica e nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes acerca do tema. RESULTADOS: O tratamento consiste em: Repor líquidos e eletrólitos, se não houver comprometimento nas funções cardíacas ou renais, indica-se infusão salina isotônica de cloreto de sódio (NaCL) a 0,9%, se a função renal normal, inicia-se a infusão de cloreto de potássio (KCL) a 19,1% por uma hora, com o objetivo de manter o potássio sérico entre 4 e 5 mEq/l. Se evoluírem com falência cardíaca ou renal, devem ser monitorados para prevenir a sobrecarga de líquidos; Insulinoterapia: Para corrigir a hiperglicemia. Com a evolução do tratamento, quando a concentração de glicose na CAD atingir 250 mg/dl e se o paciente não puder se alimentar, deve-se infundir o soro glicosado a 5% associado à insulina regular intravenosa continua ou SC a cada 4 horas até a resolução do quadro. Assim que o paciente conseguir se alimentar e estiver controlado os pontos de vista clínico e laboratorial, inicia-se insulinoterapia basal com insulina humana de ação intermediaria ou com análogos de insulina de longa ação associada a múltiplas injeções de insulina ultrarrápidos antes das refeições; Indicação de bicarbonato de sódio: Para corrigir o pH sanguíneo. CONCLUSÃO: A prevenção é a melhor terapia para a cetoacidose diabética. Os profissionais de saúde devem dominar os conceitos e habilidades necessários para orientar os pacientes em relação aos tratamentos e prevenções das complicações potenciais do diabetes, mas quando a condição patológica não pode ser evitada, é importante que os profissionais de enfermagem conheçam o tratamento que deve ser emergencial para evitar maiores danos.