Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) tem como uma de suas principais diretrizes a hierarquização dos serviços, visando uma organização do fluxo de pacientes, envolvendo desde os atendimentos ambulatoriais até os mais complexos. Nesse cenário, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) surgiram em 2002 como uma das estratégias da Política Nacional de Atenção às Urgências e Emergências para a melhor organização da assistência, articulação dos serviços, definição de fluxos e referências resolutivas. São responsáveis por atender com qualidade as demandas: espontânea ou referenciada por unidades de saúde, classificando os mais graves de acordo com a classificação de risco. As unidades de pronto atendimento apresentam demanda elevada, assim podendo funcionar 24 horas por dia, oferecendo atendimento resolutivo aos pacientes acometidos por quadros agudos ou crônicos agudizados, casos de baixa complexidade, à noite e nos finais de semana, fora do horário de funcionamento das unidades básicas de saúde. O Objetivo deste estudo é discutir sobre os cuidados prestados a população que necessitam de atendimento nessas unidades. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, a partir da vivência dos graduandos em Enfermagem em uma Unidade de Pronto Atendimento, durante as aulas práticas em campo na disciplina: Enfermagem em Urgência, Emergência e UTI, com vistas a contemplar a prevalência dos atendimentos durante as atividades práticas em campo. Resultados: Durante as aulas práticas constatou- se elevada demanda de pacientes clínicos, em especial pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio (IAM), distúrbios pulmonares como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), edema agudo de pulmão e dispnéia grave. Em sua maioria, os atendimentos foram à pacientes idosos portadores de doenças crônico-degenerativas. Fator este que vem ao encontro das informações ministeriais sobre a alta prevalência das doenças cardiovasculares e pulmonares que acometem um dos extremos da faixa etária da população brasileira. Em síntese, pela complexidade do serviço de atendimento de urgência e emergência é evidente, tendo em vista os distintos atendimentos realizados no âmbito fixo, tais atendimentos locais vem ao encontro das estatísticas estaduais e nacionais, visto que as doenças crônicas e os agravos de causas externa ainda ocupam o topo do ranking dos atendimentos em unidade de pronto atendimento no Brasil.