Os estágios extracurriculares e curriculares adotados pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), através de projetos de extensão na Rede SUS, insere precocemente os acadêmicos dos cursos da área da saúde no campo prático, favorecendo aos mesmos um discernimento junto ao seu cliente, beneficiando-o a identificar seu real papel na sociedade. Esse movimento do conhecimento sustentada através das trocas de experiências “vivas” permite ao aprendiz uma reflexão e equilíbrio nas suas ações, que certificará uma excelência na qualidade de ensino e aprendizado. Relato de experiência que objetiva demonstrar a importância do aprendiz conhecer os desafios da Enfermagem mediante vivência no Serviço de Atenção Especializada (SAE) do município de Cuiabá. Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) assim como no SAE e na rede hospitalar, o aprendiz tem por finalidade preparar a comunidade, política e socialmente, oferecendo-lhes suporte organizativo fundamentais e necessários ao desenvolvimento de todas as etapas no seguimento de seu agravo. Diferentemente das UBS que atende de forma generalista, este serviço acolhe um seguimento populacional específico com agravos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV/AIDS, Hepatites Virais (B e C) e suas variáveis. Eleito como cenário ímpar, rico em vivências (usuários/equipe multiprofissional) para execução de todas as teorias preconizadas nas políticas do SUS, como humanização, acolhimento, integralidade do cuidado, plano terapêutico singular, o SAE/Cuiabá se mostrou um ambiente em que se é possível refletir sobre o impacto dos atos individuais nesse serviço, apresentando-se como um desafio para o aprendiz pois, requer mexer/remexer na sua construção interior preconcebida para quebra de paradigma, exigindo desde prudência nas suas condutas, a isenção de quaisquer julgo. Ademais, as metas universais (90/90/90) para a epidemia da AIDS, apresentadas nas Políticas Públicas para IST/HIV/AIDS do Ministério da Saúde, traz a necessidade do acadêmico, como futuro profissional, valorar a atualização dos conhecimentos e aplicá-los em suas ações cotidianas, dotando sua prática de dados científicos que o respaldará e empoderará em consonância com as demandas do SUS. Assim, torna-se imprescindível a “simbiose” entre ensino, serviço e comunidade, fazendo da prática baseada em evidências uma atividade de mão dupla onde a Sociedade transforma a Universidade e vice versa.