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Anais - 19º CBCENF

Resumo

Título:
O DESAFIO DE TRANSITAR NA LINHA DO TEMPO DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: ACOLHIMENTO NO SAE/CUIABÁ
Relatoria:
AUDREY MOURA MOTA GERONIMO
Autores:
  • LINEY MARIA ARAÚJO
  • ROBERTO KAZAN
  • HELOÍSA MARIA PIERO CASSIOLATO
  • GIORDAN MAGNO DA SILVA GERÔNIMO
Modalidade:
Pôster
Área:
Trabalho, Legislação e Ética
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Com registros seculares, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), atualmente com nova nomenclatura, mantêm os estigmas de outrora. Há décadas esses agravos estão entre os problemas mais comuns de saúde pública no mundo, pela magnitude que transcende a linha do tempo. Na contemporaneidade, o surgimento de IST incurável, como o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), obrigou a sociedade incorporar nas relações sexuais hábitos preventivos como simples uso de preservativos. Com o advento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), o Brasil vislumbra necessidade de intensificar ações para ISTs, embora as Políticas Públicas para tais agravos sempre tiveram seu lugar, mesmo que tímida e silenciosamente. Para otimizar o acolhimento visando a prevenção, diagnóstico, tratamento e seguimento das ISTs, a Organização Mundial de Saúde no início da década de 90, implementou ações em países em desenvolvimento introduzindo métodos como abordagem sindrômica, eficaz e com larga factibilidade. Envolve a participação do enfermeiro em todas as etapas, creditando-o, para que promova um rápido acesso à população adoecida, além de ser totalmente aplicável na Atenção Básica. Relato de experiência que objetiva apresentar importância do acolhimento humanizado como determinante de adesão ao tratamento das pessoas com ISTs no Serviço de Assistência Especializada (SAE) de Cuiabá. Estudo descritivo, documental, exploratório, originado das análises de registros das ações prestadas pela equipe multiprofissional do serviço, mediado pelos relatos dos usuários acolhidos para tratamento. Inserida ao Sistema Único de Saúde, a abordagem sindrômica privilegia um acolhimento humanizado, contemplada na política de Humanização do SUS desde 2003. Vê-se um nítido avanço positivo no percurso histórico das ISTs, no entanto a pessoa infectada traz comportamentos arraigados da antiguidade, tanto do emocional, carecendo de tratamento diferenciado, focado na singularidade da humanização, como nas atitudes heroicas nos momentos do ato sexual, de se achar imune a esses agravos. Na pluralidade do cuidado, a aplicabilidade das informações ofertadas focada na construção de um comportamento sexual responsável do usuário é prioridade, resultando em uma resposta de cura da infecção. Transitar na linha do tempo das ISTs representa um grande desafio já que exige conhecimento histórico na temática que ajudará a balizar o profissional com postura isenta de julgamentos/valores, religiosidade e comparações.