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Anais - 19º CBCENF

Resumo

Título:
SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS: REFLEXÃO A PARTIR DO PROCESSO DE CIVILIZAÇÃO
Relatoria:
CAROLINA PICOLOTO
Autores:
  • Thalise Yuri Hattori
  • Ana Claudia Pereira Terças
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O contato das populações indígenas com a não indígena, fez com que a sua relação entre as etnias, várias transformações sociais, econômicas e ambientais influenciassem nas mudanças do seu modo de vida. Objetiva-se evidenciar a vulnerabilidade indígena a partir do contato com a população não indígena. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada no período de novembro de 2015 a julho de 2016, nas bases de dados Lilacs, PubMed e Scielo, através dos descritores: população indígena, saúde dos povos indígenas e vulnerabilidade. Foram incluídos os artigos no idioma Português (BR), Inglês e Espanhol, completos, publicados nos últimos quinze anos, disponíveis via online e que se relacionassem com o tema a partir da leitura do título e do resumo. Observa-se que o processo saúde-doença de povos indígenas brasileiros está relacionado à enorme sócio-diversidade a qual o Brasil apresenta, que compreende mais de 200 etnias com 170 línguas distintas entre si. A expansão da demografia, economia e a degradação ambiental em conjunto com as transformações socioeconômicas e ambientais, influenciaram os perfis da saúde indígena tanto pela invasão do seu território que consequentemente inviabilizou a subsistência, ou pela perseguição/morte de indivíduos ou comunidades, relacionado ao preconceito da sociedade “civil” e introdução de patógenos exóticos. Com a diversidade de alimentos disponíveis, os povos indígenas foram submetidos às transformações de ordem alimentar, nutricional e de saúde bucal. Doenças crônicas não-transmissíveis, como obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus estão relacionadas às modificações na subsistência, dieta e atividade física, e muitos, além de não têm conhecimento do problema ainda não recebem o devido tratamento. Visto que tal população possui tradições e costumes distintos, ressalta-se a importância de capacitação para sensibilizar os profissionais da saúde para medidas de intervenções efetivas a partir da especificidade coletiva de cada população. Espera-se que essas ações possam intervir e minimizar o impacto da “civilização” no seu processo saúde-doença, evitando assim, futuras complicações de saúde.