INTRODUÇÃO: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) atualmente são consideradas um grave problema de saúde pública. Essas infecções são transmitidas principalmente pelo contato sexual (vaginal, oral ou anal) com uma pessoa infectada sem o uso do preservativo. O uso correto e frequente do preservativo é a melhor forma de prevenção contra as IST. OBJETIVO: Conhecer a percepção de mulheres acerca do uso do preservativo após terem o diagnóstico confirmado de IST. METODOS: Trata-se de um estudo de caráter descritivo-exploratório de abordagem qualitativa, realizado de maio a julho de 2016 no Centro de Testagem e Aconselhamento do município de Tangará da Serra-MT, participaram mulheres diagnosticadas com IST há pelo menos 30 dias, maiores de 18 anos e em tratamento, foram excluídas do estudo, mulheres portadoras de HIV/Aids e que realizaram tratamento em outros serviços de saúde. Para a coleta dos dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas gravadas, que posteriormente foram transcritas e analisadas através da Análise de Conteúdo. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa na Universidade do Estado de Mato Grosso, através do parecer nº.1.510.725. RESULTADO: Foi verificado no estudo que essas mulheres apresentam conhecimento sobre a importância do preservativo, mas que mesmo após terem o diagnóstico de uma ou mais IST ainda apresentam dificuldades para realizar o uso do preservativo. Através dos relatos percebeu-se que há certo desconforto e insatisfação tanto das mulheres quanto de seus companheiros em utilizarem o preservativo durante o ato sexual. As principais razões para a não utilização do preservativo foram: confiança no parceiro, incômodo pelo uso do preservativo e esquecimento. CONCLUSÃO: Pôde-se perceber que a maioria das mulheres citou o preservativo como a principal forma de prevenir as IST, entretanto apesar de saberem sobre sua importância não realizam o uso em suas relações, tornando-as mais susceptíveis a uma nova infecção. Ressalta-se ainda a importância das orientações que devem ser realizadas pelos profissionais de saúde organizando ações preventivas. REFERÊNCIAS: LEONARDO, G. F. et al. Percepção de mulheres casadas sobre o risco de infecção pelo HIV e o comportamento preventivo. Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, v. 21, n. 2, p. 11-805, 2013.